sangue
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2014 às 14h23.
A vontade de doar sangue levou hoje (27), o bombeiro carioca, Kleber Aleixo ao Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira de Cavalcanti (Hemorio). Ele costuma incentivar os amigos a fazerem doações. "A doação de sangue é algo bem explícito. Você doa, não sabe para quem vai, mas sabe que está fazendo o bem. Também sou doador de medula e de órgãos. Está na minha carteira de identidade. Fazer o bem é bom porque é nosso dever de ser humano", disse.
Mas não foi só o fato de ser doador que fez Kleber ir, neste sábado, junto com dois colegas de profissão ao Hemorio. O bombeiro, que também é estudante de Engenharia Industrial de Controle e Automação, viu no Facebook a campanha de doação de sangue "Casamento Vermelho", que ocorre hoje no Rio e em Curitiba. A ação é resultado da união virtual entre as duas cidades.
A partir de uma mensagem da prefeitura de Curitiba na rede social dizendo que aceitava pedidos de casamento, a hashtag #AceitaCuritiba, passou a ter milhares de compartilhamentos. O pedido de casamento foi oficializado no dia 18 e outras prefeituras também participaram e de forma descontraída, cederam igrejas para celebrar a união, se ofereceram para padrinhos e até para uma lua de mel.
As duas cidades procuraram aproveitar tanta repercussão para incentivar as doações de sangue. Para a diretora-geral do Hemorio, Simone Silveira, as redes sociais têm sido um canal importante para a veiculação da doação regular de sangue de uma forma espontânea. "Em janeiro deste ano, vimos o fenômeno dos rolezinhos do bem acontecendo em vários hemocentros e aumentando os estoques, que estavam muito baixos. Experiências criativas e inovadoras como esta só tendem a ampliar a percepção da população para a importância da doação de sangue", analisou.
O biomédico Wallyd Kalluf Koury, do Hemobanco de Curitiba, disse que o movimento de doadores aumentou por causa da campanha. "Hoje vieram várias pessoas que não doavam. Então esta campanha está trazendo os novos doadores, o que é nosso verdadeiro intuito. A gente precisa que esses voluntários se fidelizem. A gente já está pelo menos 30% a mais do que o normal de sábado", disse.
Koury achou interessante as manifestações na rede social após as doações. Ele revelou que muitos comentavam que tinham acabado de doar e ainda incentivaram os amigos. "Com certeza agora a gente vai ter um aumento significativo de estoque e vamos poder atender a todos os pacientes", revelou.
Por ser carioca e morar em Curitiba há 20 anos ele achou importante o casamento entre as duas capitais. "Vai trazer um benefício paras as duas cidades", completou.
Para ser doador de sangue é preciso estar bem de saúde, ter entre 16 e 69 anos. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar com autorização dos pais e/ou responsáveis. O doador tem que pesar mais de 50 quilos e levar um documento de identidade com foto (original). Não é necessário estar em jejum. Basta não ter consumido bebida alcoolica nas últimas 12 horas e ter se alimentado com comidas gordurosas nas quatro horas que antecedem a doação. Todo material é descartável, portanto, não existe o risco de contrair doenças doando sangue.
Editor Valéria Aguiar