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Cães reconhecem pela voz se dono está feliz ou triste

Isso pode explicar porque os cachorros conseguem se sintonizar às emoções das pessoas ao seu redor

Dona fala com cachorros após exame em clínica neurológica: para chegar nessa conclusão, onze cães foram colocados em máquinas de ressonância magnética
 (Bernadett Szabo/Reuters)

Dona fala com cachorros após exame em clínica neurológica: para chegar nessa conclusão, onze cães foram colocados em máquinas de ressonância magnética (Bernadett Szabo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 21h58.

Parece que os donos de animais de estimação estão certos quando afirmam que seus cães conseguem entendê-los. Uma equipe de cientistas húngaros descobriu que o cérebro dos cães identifica pela voz se uma pessoa está feliz ou triste.

Um artigo sobre o estudo foi publicado no periódico Current Biology. Para chegar nessa conclusão, onze cães foram colocados em máquinas de ressonância magnética.

Os resultados dos exames foram comparados aos de 22 voluntários humanos. Ambos os grupos foram expostos várias vezes a 200 tipos de diferentes sons, como barulho de carro, apitos, palavrões e latidos.

A partir disso, os cientistas descobriram que o cérebro dos cachorros reage como o dos humanos diante de vozes. Uma região semelhante do cérebro (o polo temporal), por exemplo, é ativada quando cães ou humanos ouvem vozes de pessoas.

Diante de sons como risadas e choros, humanos e cães também reagiram da mesma forma. Uma área do cérebro conhecida como córtex auditivo primário foi ativada. Ganidos e latidos também geraram uma reação parecida em todos os voluntários.

Em outras palavras, a descoberta significa que pelo choro, risada, tom de voz e outros sons carregados de emoção, os cachorros detectam como o dono se sente. Isso pode explicar porque os cachorros conseguem se sintonizar às emoções das pessoas ao seu redor.

A descoberta significa que cães e humanos têm um mecanismo muito similar para processar informações emocionais. Essa foi uma grande surpresa para os cientistas e a primeira vez que os pesquisadores puderam ver algo assim em um animal que não seja primata.

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