Tecnologia

Busca social pode gerar processo contra o Google

Organização que defende a privacidade dos usuários na web, anunciou que irá enviar uma carta para a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos

Sistema de busca do Google+: Twitter já se manifestou publicamente contra o novo modelo (Reprodução)

Sistema de busca do Google+: Twitter já se manifestou publicamente contra o novo modelo (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2012 às 16h22.

São Paulo – A novela que teve início esta semana com o lançamento do novo serviço de buscas sociais do Google parece estar apenas no começo. A Epic (Electronic Privacy Information Center), organização que defende a privacidade dos usuários na WEB, anunciou que irá enviar uma carta para a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, denunciando o Google por quebra das regras de privacidade.

De acordo com a Epic, o usuário pode escolher proteger suas informações dentro do Google+, mas não pode evitar que elas sejam indexadas pelo motor de buscas da empresa.

O novo sistema de buscas do Google, chamado “Search plus your World”, permite aos usuários pesquisar por conteúdos publicados por clientes do Google+ ou por perfis similares ao seu no Google Profiles.

O objetivo do Google é fornecer resultados baseado em relacionamentos, ao contrário do modelo atual baseado em conteúdo.

Além disso, o Google pode ser notificado por práticas comerciais não competitivas. Ao rebaixar resultados do Twitter e do Facebook em seus resultados, em beneficio de publicações postadas no Google+, o Google não estaria entregando os resultados mais relevantes.

Em um busca rápida, cerca de 3,1 bilhões de conteúdos do Twitter e 7,4 bilhões do Facebook são listados pelo crawler. Porém, esses resultados apareceriam abaixo das publicações feitas no Google+.

Imagens do Flickr e artigos do Quora, entre outros, também são indexados pelo novo sistema.

Para alguns observadores, o Google estaria usando seu poderio para promover sua rede social Google+.

O Twitter já se manifestou publicamente contra o novo modelo. Em comunicado enviado à impressa americana, a empresa afirmou que as notícias pipocam primeiro no microblog. Além disso, “o Twitter tem se firmado como uma fonte de informação em tempo real, alimentada por 100 milhões de usuários ativos, que enviam 250 milhões de mensagens todos os dias”, disseram.

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