Tecnologia

Brasileiros recorrem a consórcio para comprar novo iPhone, que pode custar quase 6 salários mínimos

Levantamento mostra que 7 em cada 10 planos de consórcio para eletrônicos têm a Apple como destino preferido

Novo iPhone 17: consórcio cresce como saída no mercado de eletrônicos (VCG / Colaborador/Getty Images)

Novo iPhone 17: consórcio cresce como saída no mercado de eletrônicos (VCG / Colaborador/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 14h39.

Última atualização em 26 de setembro de 2025 às 16h13.

O novo iPhone 17 tem preços no Brasil que vão de R$ 7.999 a R$ 18.499 — o valor mais baixo é quase seis vezes superior ao salário mínimo. Em um país onde a renda média gira em torno de R$ 4.800, comprar o celular mais desejado do mercado se tornou um exercício de planejamento financeiro.

Com cartões de crédito de limites insuficientes e juros altos em empréstimos e parcelamentos, uma fatia crescente dos consumidores tem recorrido a um mecanismo pouco associado a bens de tecnologia: o consórcio.

Dados levantados em agosto junto a 70 mil usuários mostram que 69,9% dos planos de consórcio para eletrônicos têm como objetivo a compra de iPhones. Em seguida aparecem Samsung (18,4%) e Motorola (7%), números que confirmam o domínio da Apple no imaginário de consumo. O estudo foi feito pela Klubi, fintech autorizada pelo Banco Central a operar como administradora de consórcios.

O celular como bem essencial

No Brasil, há em média 1,2 aparelho por habitante, segundo a 35ª pesquisa anual do FGVcia. O dado ilustra como o smartphone deixou de ser artigo de luxo e se tornou ferramenta básica para trabalho, estudos e acesso a serviços. Nesse cenário, os altos preços da Apple não impedem a demanda, mas obrigam consumidores a buscar alternativas menos onerosas para o bolso.

O perfil médio de quem recorre ao consórcio é de pessoas na casa dos 30 anos, concentradas na região Sudeste, com renda acima da média nacional, mas ainda distante do valor de um iPhone novo. Muitas vezes, o objetivo não é adquirir o último lançamento, mas aproveitar a queda de preço de versões anteriores.

A busca pelo consórcio também tem crescido com a popularização de aparelhos seminovos — mercado em que a Apple lidera, segundo a plataforma Trocafone.

O movimento reflete uma mudança cultural: em vez de se endividar rapidamente, parte dos brasileiros escolhe esperar, guardar e programar a compra.

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