83% dos usuários de smartphones que viajam internacionalmente se conectam por Wi-Fi (Divulgação/Onthespot)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 21h20.
São Paulo - Segundo pesquisa da Ericsson divulgada nesta segunda, 24, viajantes brasileiros procuram driblar as altas tarifas de roaming, sendo que 52% acabam fazendo menos ligações de voz em viagens e 26% desligam completamente o aparelho.
Além disso, 48% dos que utilizam serviços de voz acabam se surpreendendo com a conta de telefone quando retornam. Assim, 83% dos usuários de smartphone que viajam internacionalmente se conectam por Wi-Fi, sendo que 77% preferem hotéis que contam com este serviço.
Justamente por conta das altas tarifas, os viajantes procuram contornar o problema se comunicando com o uso de aplicativos over-the-top (OTT), como WhatsApp e Skype, por meio de Wi-Fi. Ainda assim, a Ericsson diz que o uso dessas plataformas é uma barreira para 64% dos usuários.
Por isso, sugere o uso do Wi-Fi Calling, que é uma alternativa de operadoras móveis que procuram utilizar o Wi-Fi para contornar a necessidade de interconexão na rede de voz, fazendo offload com a rede não licenciada onde disponível em vez de usar a rede móvel.
A empresa afirma que isso garante maiores velocidade de resposta e qualidade de áudio. Outros atrativos são: não ser preciso utilizar aplicativo para fazer chamadas (citado por 30% dos entrevistados) e a redução de custos de roaming (27%).
Ainda segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados parariam de usar apps para poder usar o Wi-Fi Calling. No entanto, outros 40% disseram que as outras funções dos aplicativos, como presença, vídeo e chat, valorizam mais o uso desse tipo de comunicação.
A questão é que o problema não se restringe a situações de roaming internacional. Tanto é que é um serviço que sempre tem apresentado quedas em receita entre todas as operadoras móveis.
Com a popularização dos OTTs, a tendência só aumenta, o que virou um debate sem fim: no começo do mês, o presidente da Telefônica, Amos Genish, criticou o recurso de VoIP do WhatsApp, chamando-o de "operadora pirata" durante a ABTA 2015