Tecnologia

Brasil tem mais de 30 mil iPads

Analistas de mercado preveem forte crescimento do setor de tablets para os próximos anos

Consumidores em loja: Brasil deve terminar ano com cerca de 50 mil iPads (Célio Yano/EXAME.com)

Consumidores em loja: Brasil deve terminar ano com cerca de 50 mil iPads (Célio Yano/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 11h24.

São Paulo – Lançado no Brasil há uma semana, o iPad conta com mais de 30 mil unidades em circulação no país e deve fechar o ano com um número próximo de 50 mil, segundo analistas da consultoria IDC. O número é pequeno se comparado ao do mercado norte-americano, onde apenas no primeiro dia 300 mil unidades foram vendidas. Por outro lado, estima-se que quase 90% dos iPads usados em território nacional foram comprados no chamado mercado cinza, antes da chegada do produto ao Brasil, demonstrando um potencial de demanda pelo produto que ficou reprimido pelo lançamento tardio.

Para Luciano Crippa, coordenador de pesquisas da IDC Brasil, o crescimento no uso de tablets no país deve acompanhar o ritmo observado em outros mercados, mas o volume de vendas deve ser razoavelmente menor em um primeiro momento, principalmente por conta o preço, mais elevado que no restante do mundo. “Por enquanto ele é voltado para um nicho específico; com a chegada da segunda e terceira geração, o produto deve se tornar mais maduro e consequentemente mais barato”, analisa.

Impulsionado pelo iPad, as vendas de tablets em todo o mundo devem passar por uma fase de forte crescimento dentro dos próximos quatro anos. A IDC prevê que, após fechar 2010 com 13 milhões de unidades vendidas, o segmento deve terminar 2011 com um número superior a 30 milhões. Em 2014, o volume deve chegar a 70 milhões, segundo a consultoria. O Gartner é ainda mais radical, e prevê um total de 19,5 milhões de tablets vendidos ainda em 2010; 54,8 milhões em 2011 e mais de 208 milhões em 2014.

A aceleração prevista é grande o suficiente para que os tablets tomem o espaço de outras categorias. “Estamos prevendo uma canibalização no setor, um consumidor que deve desistir de comprar um computador portátil para optar por um tablet”, diz Crippa. “Mas não acreditamos na morte da categoria de netbooks. Imaginamos que as vendas neste segmento irão apenas se estabilizar”. Segundo o analista, em 2014, o total de tablets vendidos deve ser o dobro do número de netbooks comercializados.

A Apple atualmente detém aproximadamente 95% de participação no mercado de tablets, segundo a IDC. A entrada de novos fabricantes, principalmente a partir de 2011, entretanto, deve mudar rapidamente esse quadro. “O movimento deve ser semelhante ao do mercado de smartphones, que em um primeiro momento era dominado pelo iPhone”, diz Crippa. Segundo ele, a participação da Apple entre os celulares inteligentes está hoje, em cerca de 10% no Brasil.

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