Para tentar aumentar sua base de usuários de banda larga, a Brasil Telecom vai lançar um serviço de vídeo por linha telefônica. A novidade foi anunciada pela empresa hoje (15/10) e deve começar a ser vendida em janeiro de 2003.

Desenvolvido em parceria com a NEC, o Turbo Vídeo funcionará assim: o usuário de banda larga da operadora poderá pagar para assistir vídeos no computador ou na televisão, com qualidade de um DVD. A imagem chegará na casa do usuário pelo fio do telefone. Para assistir na TV, o usuário deverá ter um modem especial, além de um decodificador parecido com os de TV por assinatura e um controle remoto próprio.

Segundo Waldir Morgado, gerente de serviços de banda larga da Brasil Telecom, a empresa está negociando com TVs aberta e por assinatura e com vídeo locadoras para o fornecimento dos vídeos. "Até o lançamento, esperamos fechar negócio com pelo menos uma empresa de cada categoria", afirma ele.

O serviço será cobrado de duas formas: no sistema on demand, ou seja, o usuário pagará por vídeo, como faz nas locadoras; e pelo near on demand, em que serão oferecidos pacotes de programação, por um custo mesnsal, que se repetem em intervalos definidos. Neste caso, não há escolha da programação, mas o usuário terá a vantagem da flexibilidade de horário, como acontece no sistema pay-per-view das TVs pagas. Os valores do serviço ainda não estão definidos.

Os testes do Turbo Vídeo ainda não começaram, mas a Brasil Telecom fala em oferecer o serviço para 104 cidades em 2003. A expectativa é que até lá pelo menos 10% da base de usuários de banda larga da operadora sejam assinantes do Turbo Vídeo. Isso significa cerca de 50 mil pessoas, já que a empresa calcula que terá, no final de 2003, 500 mil usuários de banda larga. Para 2002, a Brasil Telecom espera alcançar 220 mil usuários e, em 2004, um milhão. "No primeiro trimestre de 2003 o Paraná será o primeiro estado brasileiro a ter 100% dos municípios servidos de conexão rápida à internet", diz Morgado.

Transmissão de dados

A Brasil Telecom quer aumentar também o volume de dados corporativos transmitidos pela sua rede. "As instituições financeiras, por exemplo, gastam mais com segurança e com transporte do que com telecomunicações", afirma Yon Moreira da Silva, responsável pelos negócios corporativos da empresa. Segundo o executivo, a expectativa é que já no fechamento do terceiro trimestre deste ano a Brasil Telecom apareça como a segunda maior operadora em transmissão de dados do país - atrás apenas da Embratel. No primeiro trimestre de 2002, ainda de acordo com Silva, a empresa passou do quarto para o terceiro lugar. A Telefônica é a atual vice.