Antonio Patriota (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Brasília O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, admitiu hoje (10) a possibilidade de ouvir, fora do Brasil, o consultor norte-americano Edward Snowden, que prestava serviços para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, e revelou que cidadãos brasileiros foram monitorados pelos Estados Unidos.
Mas o chanceler não forneceu detalhes sobre como a operação pode ser feita. Patriota reiterou que o Brasil não concederá asilo político ao consultor de informática.
Especialistas na área internacional informam que, mesmo com a negativa de concessão de asilo, Snowden pode ser ouvido em qualquer país que venha a fixar residência. O Brasil mantém relações diplomáticas com todos os países, sem exceção, segundo o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.
Ontem (9), Patriota disse que o Brasil não irá conceder asilo político ao norte-americano. Não responderemos à solicitação de asilo. Não será concedido, disse o chanceler. Snowden recebeu e aceitou a oferta de asilo político da Venezuela e, segundo o ministro, prepara a viagem.
O chanceler ressaltou ainda que o governo do Brasil pretende recorrer à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos), e União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra (Suíça), sobre as denúncias de espionagem de cidadãos brasileiros.
Patriota, os ministros José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional) e Celso Amorim (Defesa) participam de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre as denúncias de espionagem a cidadãos brasileiros por agências norte-americanas.