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Brasil perdeu 8% das linhas de celular no ano passado

O país encerrou dezembro de 2015 com 257,8 milhões de linhas móveis - no mesmo período do ano anterior, 280,73 milhões de linhas estavam ativas


	Telefonia: o país encerrou dezembro de 2015 com 257,8 milhões de linhas móveis - no mesmo período do ano anterior, 280,73 milhões de linhas estavam ativas
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Telefonia: o país encerrou dezembro de 2015 com 257,8 milhões de linhas móveis - no mesmo período do ano anterior, 280,73 milhões de linhas estavam ativas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 11h40.

São Paulo - O Brasil perdeu 22,9 milhões de linhas móveis ao longo de 2015 - uma queda de 8% com relação ao número total de linhas em 2014.

Segundo dados divulgados na segunda-feira, 1º de fevereiro, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país encerrou dezembro de 2015 com 257,8 milhões de linhas móveis - no mesmo período do ano anterior, 280,73 milhões de linhas estavam ativas.

O principal responsável para a queda é o abandono de linhas pré-pagas: só em dezembro, 12 milhões de linhas desse tipo foram canceladas. Com isso, o total de linhas que operam nesse modelo ficou em 184,5 milhões, contra 212,9 milhões em dezembro de 2014.

Para Eduardo Levy, presidente executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), organização que representa as operadoras, a queda se deve a um conjunto de fatores.

"Há uma mudança no comportamento das pessoas, que têm preferido se comunicar via texto através de rede de dados, utilizando aplicativos como WhatsApp e Facebook", diz Levy. Além disso, o executivo aponta que a migração do uso de voz para dados, a redução dos custos de interoperabilidade nas redes móveis e a crise econômica também influem na queda acentuada.

Outra razão para a redução do número de linhas em dezembro é o fato de que o mês é utilizado como referência para que as operadoras paguem uma taxa anual por cada linha de celular ativa ao Fundo de Fiscalização de Telecomunicações (Fistel). Anualmente, cada operadora tem de pagar R$ 13,41 por linha ativa.

"As operadoras aproveitaram para limpar sua base e, com isso, evitar o pagamento de taxas sobre usuários pré-pagos que estavam inativos", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. De acordo com a Anatel, uma linha pré-paga pode ser considerada inativa caso não tenha recebido recarga 60 dias após a expiração dos últimos créditos carregados.

Entre as operadoras, a Vivo registrou queda de 6,2 milhões de acessos em dezembro - a maior entre as operadoras. O cancelamento dessas linhas pode ter rendido à operadora economia de cerca de R$ 83 milhões em pagamentos ao Fistel.

A TIM, por sua vez, teve redução de 3 milhões de linhas (economia de cerca de R$ 40 milhões) , enquanto Claro e Oi registraram recuo de 1,4 milhão (R$ 18,8 milhões) e 1,1 milhão de linhas (R$ 14,8 milhões), respectivamente.

Segundo Tude, a queda deve continuar nos próximos meses: "Com o uso mais intenso de aplicativos de mensagem, muitos brasileiros tem abandonado o segundo ou terceiro chip."

É o caso da historiadora gaúcha Samantha Thiesen. No início de 2015, ela gastava R$ 200 por mês com dois chips pré-pagos - um da Claro, outro da Tim. Hoje, Samantha abandonou o chip da Claro e contratou um plano pós-pago da TIM, reduzindo seus gastos com celular para cerca de R$ 80 por mês.

Ela não é a única: apesar da queda nos pré-pagos, o número de pós-pagos teve crescimento em 2015, passando de 67,8 milhões em dezembro de 2014 para 73,2 milhões de linhas ativas. 

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