Tecnologia

Brasil não está preparado para ataques virtuais

Estudo Cyber Defense Report mostra que país recebeu nota 2,5, acima apenas do México

As notas aplicadas consideram medidas básicas como firewalls e antivírus, além de proteções mais avançadas como educação e grau de informação do governo (Gustavo Molina/SXC.hu)

As notas aplicadas consideram medidas básicas como firewalls e antivírus, além de proteções mais avançadas como educação e grau de informação do governo (Gustavo Molina/SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 11h16.

São Paulo – Um estudo sobre ataques cibernéticos aponta o Brasil como um dos países menos preparados para lidar com este tipo de ação.

O estudo Cyber Defense Report, produzido pelo centro de pesquisas belga Security Defense Agenda (SDA) e pela McAfee, analisou a preparação de 23 países em ataques virtuais. No entanto, nenhum obteve a nota máxima (5 pontos).

Brasil, Índia e Romênia receberam nota 2,5 e ficaram apenas à frente do México. Os melhores posicionados foram Israel, Finlândia e Suécia, que receberam nota 4,5.

As notas aplicadas pelo estudo consideram medidas básicas de segurança como firewalls e antivírus, além de proteções mais avançadas como educação e grau de informação do governo.

Segundo o estudo, países da América Latina tendem a possuir uma infraestrutura e tecnologia desatualizadas, além de não contarem com legislações específicas contra crimes cibernéticos.

Um exemplo de impunidade sobre crimes cibernéticos no Brasil pode ser acompanhado ao longo desta semana, quando sites de instituições financeiras viraram alvo de ataques, deixando os serviços indisponíveis. O estudo também aponta certa vantagem aos crackers que atacam sistemas com fins de espionagem ou para praticar roubos.

No próprio estudo, o diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações da Presidência da República, Raphael Mandarino, afirma que devido ao Brasil não estar envolvido em guerras, o país não enxerga o espaço cibernético como uma ameaça local e que a infraestrutura foi criada para proteger os sistemas internos do governo.

O estudo aponta como solução o compartilhamento de informações entre os países para criarem proteções mais avançadas para as ameaças virtuais.

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