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Brasil não deve ser míope para nova internet, diz Valim

Presidente da Oi afirma que o futuro da web no país vai depender de estratégias de longo prazo, para poder oferecer infraestrutura de qualidade tanto fixa quanto móvel


	Segundo o presidente da Oi, o desafio será o Brasil acompanhar a tendência mundial de explosão de dados
 (Getty Images)

Segundo o presidente da Oi, o desafio será o Brasil acompanhar a tendência mundial de explosão de dados (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 12h31.

São Paulo - Embora a evolução das redes móveis tenha estado no foco atual das operadoras, o mundo fixo continuará tendo relevância para o futuro da internet, na opinião do presidente da Oi, Francisco Valim, manifestada durante o 56° Painel Telebrasil nesta quinta-feira, 30, em Brasília. No entanto, para acompanhar a explosão no tráfego de dados no mundo, o Brasil precisaria não adotar “uma visão míope” para as mudanças nos modelos de negócios.

“Neste futuro, o móvel vai assumir um papel ainda mais preponderante na vida das pessoas, deixando de ser comunicação para ser aparelho de integração, como carteira digital, enquanto o recurso de voz será cada vez menos utilizado”, afirma. O executivo vislumbra uma web que, em cinco anos, esteja no conceito “always best connected” (ABC), ou seja, o usuário estará sempre com a melhor conexão possível, independente de onde estiver. De qualquer forma, Valim considera que a internet fixa continuará fundamental, até por ser parte da infraestrutura da rede móvel, no backbone das conexões.

O desafio será o Brasil acompanhar a tendência mundial de explosão de dados com uma infraestrutura capaz de se manter em igualdade com outros países. O presidente da Oi enxerga que, sem entender a mudança dos modelos de negócio na internet, o mercado brasileiro não teria condições de paridade, principalmente se adotasse estratégias imediatistas.

“Sem os dutos e a capacidade de rede que as empresas de telecomunicações oferecem, o sistema todo não funciona. Se não existe um modelo que garanta a rentabilidade e o retorno sobre o capital investido sobre as grandes teles, veremos dificuldades no futuro”, afirma. “Se não tivermos uma visão míope de resolver o problema por curto prazo, sim, vamos acompanhar os outros países”, finaliza.

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