Os centros brasileiros funcionarão em Resende (Rio de Janeiro) e Santa Maria (Rio Grande do Sul) (Divulgação/Exército Brasileiro)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2012 às 17h09.
São Paulo O Brasil começou a importar tecnologia espanhola de ''guerra'' para desenvolver sua própria indústria de defesa e expandi-la para outros países da região, como o Equador e Paraguai, segundo informou nesta quinta-feira o jornal ''Folha de S. Paulo''.
A tecnologia da empresa Tecnobit, que permite simular cenários e disparar tiros usando laser, será implantada no Brasil em dois centros de treino, avaliados em R$ 13 milhões.
A Tecnobit venceu uma licitação aberta em 2010 pelo Ministério da Defesa e treze altos comandantes militares viajaram para a Espanha para conhecer a tecnologia oferecida.
''Atualmente, os centros de treino disparam muito menos do que deveriam por falta de dinheiro e por estarem em zonas de conflito, como no Rio de Janeiro'', declarou ao jornal o general do Exército Fernando Vasconcellos, que fez parte da missão que viajou para Madri.
Os centros brasileiros funcionarão em Resende (Rio de Janeiro) e Santa Maria (Rio Grande do Sul) e entrarão em operação em 2014, de acordo com as informações.
Os equipamentos espanhóis permitem simular disparos de canhão e outras armas com laser virtual, aumentando a intensidade do treino e evitando usar munição real, o que representaria uma economia anual de R$ 49 milhões para o Exército brasileiro.
Os soldados serão equipados com GPS, que ajudarão a determinar a posição exata em enfrentamentos simulados. Outros equipamentos contabilizarão os disparos, avaliarão o desempenho e criarão cenários geográficos semelhantes à realidade.
No centro de treino em Madri, a empresa capacita militares da tropa espanhola no Afeganistão.
Com a transferência da tecnologia espanhola para o Brasil, outros países da região, como o Equador e Paraguai, mostraram interesse em implantar o mesmo modelo de treinamento.