E-mail: quanto a vítimas de "spam", a Alemanha figura no primeiro posto com 19,06% dos ataques, seguido pelo Brasil (7,64%) e Rússia (6,03%) (Thinkstock/Devonyu)
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 14h49.
Bogotá - Brasil e Equador foram os países latino-americanos com maior quantidade de vítimas em 2015 de ataques "phishing", nos quais os usuários são enganados mediante e-mails ou páginas falsas, segundo um estudo mundial sobre segurança na internet.
"A América Latina sempre foi um território bastante atrativo para os criminosos cibernéticos e, por isso, podemos ver, além disso, a presença dos países da região no 'top' dos emissores de 'spam'", disse nesta terça-feira à Agência Efe Dmitry Bestuzhev, diretor para a América Latina da equipe de Análise e Investigação Global da companhia de segurança informática Kaspersky Lab, firma autora do estudo.
O estudo indica que o Japão é o país com maior número de usuários afetados por "phishing", com 21,68%, seguido do Brasil (21,63%), Índia (21,02%), Equador (20,03%) e Moçambique (18,30%).
Segundo o relatório, os temas mais usados no ano passado para este tipo de fraude foram os Jogos Olímpicos no Brasil, a situação política da Ucrânia, a guerra na Síria, as eleições na Nigéria e o terremoto no Nepal.
O documento mostra também que os Estados Unidos continuam sendo a maior fonte de "spam" ou correio não desejado do mundo (15,2%), seguido por Rússia (6,15%), Vietnã (6,13%) e China (6,12%).
Dentro das nações latino-americanas, a Argentina (2,90%) ocupa o novo lugar, seguido por Brasil (2,85%) no posto dez, e México (1,93%), no 15.
Quanto a vítimas de "spam", a Alemanha figura no primeiro posto com 19,06% dos ataques, seguido pelo Brasil (7,64%) e Rússia (6,03%).
O relatório detalha que o volume de e-mails não desejados no ano passado se reduziu até 55,28% do total, o que representa uma queda de 11,4% com relação ao ano anterior, e adverte que os dispositivos móveis são o novo alvo para os ataques e fraudes informáticos.
"Ainda se vive na ingenuidade de pensar que os dispositivos móveis não são vulneráveis aos ataques informáticos. Ditas circunstâncias são o cenário perfeito para os responsáveis", indicou Bestuzhev.
Em 2015, os criminosos virtuais continuaram enviando e-mails falsos desde dispositivos móveis e notificações de aplicativos móveis que continham malware ou mensagens publicitárias, sustenta o relatório.
"O aumento do uso de dispositivos móveis em nossa vida diária para intercambiar mensagens e dados, assim como para ter acesso e controlar contas bancárias, também teve como resultado o aumento de oportunidades de exploração para os criminosos virtuais", afirmou Daria Loseva, especialista em Análise de Spam de Kaspersky Lab.
"Por tal razão, os usuários de dispositivos móveis têm que estar atentos e não baixar a guarda, já que as atividades dos criminosos virtuais nesta área é muito provável que aumente, junto com nossa dependência dos dispositivos", acrescentou.