Tecnologia

Brasil e China colocam em funcionamento 4º satélite conjunto

O satélite oferecerá informação privilegiada sobre o desmatamento na Amazônia, principal objetivo do CBERS-3, que caiu na Terra por falha de funcionamento


	O CBERS-4 foi lançado no domingo, dia 7 de dezembro de 2014, da base espacial chinesa de Taiyuan, no norte do país
 (Divulgação/NASA)

O CBERS-4 foi lançado no domingo, dia 7 de dezembro de 2014, da base espacial chinesa de Taiyuan, no norte do país (Divulgação/NASA)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2015 às 10h09.

Pequim - Brasil e China colocaram em funcionamento nesta terça-feira o satélite conjunto CBERS-4, o quarto aparelho deste tipo desenvolvido e lançado com sucesso pelos dois países em seu programa de cooperação.

O CBERS-4 foi lançado no domingo, dia 7 de dezembro de 2014, da base espacial chinesa de Taiyuan, no norte do país, e as análises dos especialistas confirmaram que o equipamento está realizando suas funções, segundo confirmou hoje a Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional da China.

O satélite oferecerá informação privilegiada sobre o desmatamento na Amazônia, principal objetivo do satélite CBERS-3 que caiu na Terra por uma falha de funcionamento do veículo lançador durante o voo.

Este novo aparelho, assim como o anterior, foi desenvolvido para fotografar, rastrear e registrar atividades agrícolas, desmatamento de florestas, mudanças na vegetação, recursos hídricos e expansão urbana com uma resolução muito superior à dos satélites anteriores.

Toda a informação compilada pelo satélite, que dará uma volta completa na Terra a cada 100 minutos, será cedida "gratuitamente" para países da África e da América Latina, detalhou nesta terça-feira a agência oficial "Xinhua".

Dentro do CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram anteriormente os satélites CBERS-1 (desativado em 2003), CBERS-2 e CBERS-2B (desativado em 2010), e CBERS-3 em 2013.

Os dois países já planejam a fase seguinte, o CBERS-4B, que será colocado em órbita em 2016.

A cooperação com o Brasil em ciência está inserida no interesse da China de impulsionar seu programa espacial e demonstrar que pode concorrer com tradicionais potências tecnológicas após décadas de subdesenvolvimento e isolamento internacional. 

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