(Germano Lüders/Exame)
Entre os efeitos já conhecidos da pandemia na economia global está uma forte e acelerada digitalização dos negócios. E no Brasil não foi diferente. No início da crise de saúde, em 2020, mais de uma startup foi criada por dia no país.
É o que revelam os dados da Radar Agtech Brasil 2020-2021, um estudo realizado pela Embrapa em parceria com a SP Ventures e a Homo Ludens Research and Consulting e com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Para se ter uma ideia, novos negócios cresceram 40% no ano passado em relação a 2019. Além disso, o levantamento mapeou o nascimento de 1.574 startups especializadas no setor agropecuário, conhecidas como agtechs.
A maior parte desses empreendimentos atua na área de alimentos, gestão de propriedade rural e plataformas de sistemas e soluções de dados. Quase 50% deles está localizado na região Sudeste, seguido pelo Sul, Centro-Oeste, Nordeste e, por fim, Norte, com apenas 1,65%.
O setor de foodtechs, por exemplo, tem grande destaque para o empreendedorismo agropecuário, principalmente na categoria Alimentos inovadores e novas tendências alimentares, que representa quase 20% do total de startups mapeadas, "e tem muito empreendedor criando negócios nessa categoria, mas ainda é um campo difícil de conseguir investimento. O que tem atraído mais investidores são as agrofintechs e categorias de equipamentos, como drones", explica o analista Murilo Vallota da SP Ventures.