Tecnologia

BNDES pode liberar mais de R$ 7,5 bi para teles este ano

Segundo Luciano Coutinho, o setor de telecomunicações é o segundo em volume de investimentos, ficando atrás apenas do setor elétrico


	De acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho, até 2016 o BNDES planeja desembolsos de pelo menos R$ 7,5 bilhões ao ano em financiamentos às operadoras
 (REUTERS/Andrew Winning)

De acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho, até 2016 o BNDES planeja desembolsos de pelo menos R$ 7,5 bilhões ao ano em financiamentos às operadoras (REUTERS/Andrew Winning)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 16h41.

O BNDES pretende facilitar a vida das teles nos próximos anos e não deve hesitar ao abrir a carteira para conceder financiamentos a taxas baixas e recursos não-reembolsáveis.

De acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho, até 2016 o BNDES planeja desembolsos de pelo menos R$ 7,5 bilhões ao ano em financiamentos às operadoras, que por sua vez devem totalizar um montante de R$ 100 bilhões entre 2013 e 2016, numa média de R$ 25 bilhões ao ano.

"Pretendemos aumentar a participação dos aportes do BNDES na composição do investimento total das operadoras. Há um ciclo em curso em que operadoras e outras empresas terão de fazer investimentos em novas tecnologias para os grandes eventos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas e há ainda uma operadora que não estava podendo pedir financiamento e agora pode, por isso o desembolso deve subir", justifica Coutinho.

Segundo ele, o setor de telecomunicações é o segundo em volume de investimentos, ficando atrás apenas do setor elétrico, que deve aportar cerca de R$ 150 bilhões no quadriênio que se encerra em 2016. Juntos, todos os setores de infraestrutura devem somar R$ 485 bilhões em investimentos no período.

Inova TICs

O BNDES prepara também o lançamento de edital específico para o segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) no montante de cerca de R$ 2,7 bilhões para 2013. "Estamos falando de financiamentos a taxas de 2,5%, 3% ao ano e mais recursos não-reembolsáveis e é importante que haja um diálogo com o setor de telecomunicações para nos ajudar a definir projetos factíveis. Estamos abertos a receber sugestões das empresas", conclama Coutinho.

A coordenação do Inova TIC está nas mãos do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e a expectativa do presidente do BNDES é de que o edital seja colocado em consulta pública ainda no primeiro semestre do ano.

O Inova TICs é parte do Plano Inova Empresa, que tem um orçamento total de R$ 32,9 bilhões em recursos e que englobará também o Inova Defesa, a ser anunciado em breve em São José dos Campos, com aportes para o complexo aeroespacial e de defesa desenvolver tecnologias satelitais para projetos de grande escala. Coutinho participou do 33º Encontro TeleSíntese, realizado nesta segunda, 6, em São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:TelecomunicaçõesFinanciamento de grandes empresasInvestimentos de governo

Mais de Tecnologia

China busca autossuficiência em tecnologia com Huawei no centro

Europa enfrenta entraves para ampliar produção de chips com apoio da TSMC

Cloudflare: o que causou falha que derrubou a internet

Elon Musk, Jensen Huang e outros magnatas se encontram com Trump