Criada pelo mesmo fundador do Twitter, Bluesky tem outros métodos de verificação além do selo azul
Redator
Publicado em 23 de maio de 2025 às 10h19.
A rede social Bluesky silenciosamente abriu inscrições para que contas “notáveis e autênticas” solicitem verificação por meio de um formulário online. Usuários aprovados receberão o selo azul no perfil, semelhante a outras plataformas. Testes com essa funcionalidade começaram no mês passado, primeiro com veículos jornalísticos como The New York Times, Wired e The Athletic.
Para ser elegível, a conta deve estar ativa, completa e representar pessoas reais, empresas, organizações ou entidades legítimas, linkando para seu site oficial, se existir. Ainda não está claro o que a empresa considera “notável”, mas inclui reconhecimento profissional, cobertura na mídia e presença em plataformas de referência. A menos que sejam aprovados, usuários não serão respondidos.
Além dessa novidade, organizações podem se tornar verificadores confiáveis, ganhando acesso a ferramentas para verificar outras contas. Após o recebimento do selo azul, outros usuários poderão tocar na marca e ver quem o verificou.
A adoção do selo azul não foi bem recebida por alguns usuários do Bluesky, já que lembra a busca por influência e fama que aconteceu na outra rede social criada por Jack Dorsey, o antigo Twitter, hoje, após a compra por Elon Musk, X. A verificação representava uma espécie de hierarquia, antes da sua transformação em uma assinatura paga.
Além do selo, o Bluesky utiliza outras formas de verificação, como a possibilidade de definição de um domínio, alterando a @ do utilizador para alguma que não seja a padrão “bsky.social”. Até agora esse método é adotado por mais de 270 mil contas.
Entretanto, com a adoção do selo, o Bluesky se aproxima mais de redes sociais tradicionais, como o X ou o Threads, da Meta, enquanto se afasta de alternativas descentralizadas como o Deer.Social, no qual usuários podem selecionar em quem confiam como verificador, sem alguma definição centralizada.