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Blue Origin desafia a SpaceX com o primeiro voo oficial da NASA

O New Glenn está com anos de atraso e enfrentou um período de espera de cerca de nove meses desde o primeiro voo

Blue Origin: o foguete levará duas espaçonaves fabricadas pela Rocket Lab Corp. em direção a Marte (Gregg Newton/AFP)

Blue Origin: o foguete levará duas espaçonaves fabricadas pela Rocket Lab Corp. em direção a Marte (Gregg Newton/AFP)

Publicado em 9 de novembro de 2025 às 16h13.

A Blue Origin LLC, empresa espacial apoiada por Jeff Bezos, irá lançar neste domingo, 9, o foguete New Glenn. O teste, que acontecerá no Cabo Canaveral, na Flórida, será crucial para a competição da companhia com a SpaceX.

Com cerca de 97,5 metros de altura, o foguete levará duas espaçonaves fabricadas pela Rocket Lab Corp. em direção a Marte, para estudar como os ventos solares interagem com a atmosfera do planeta.

O New Glenn está com anos de atraso e enfrentou um período de espera de cerca de nove meses desde o primeiro voo.

O CEO da Blue Origin, Dave Limp, afirmou em janeiro que a empresa pretendia realizar o próximo lançamento no final da primavera e totalizar seis a oito voos em 2025.

Um lançamento bem-sucedido agora pode recolocar a Blue Origin no caminho para desafiar o domínio que a SpaceX, de Elon Musk, mantém no setor de lançamentos espaciais. O Falcon 9, da SpaceX, é atualmente o foguete mais utilizado no mundo.

O voo inaugural do New Glenn ocorreu em janeiro, quando o foguete atingiu a órbita, mas falhou na aterrissagem prevista do propulsor.

Enquanto a Blue Origin já realiza voos turísticos até a borda do espaço e de volta com foguetes menores, o New Glenn dará à empresa capacidade de enviar espaçonaves e satélites à órbita e além, tornando-se essencial para reduzir o acúmulo de contratos, avaliado em US$ 10 bilhões.

A companhia também possui um contrato com a NASA para levar astronautas à Lua na missão Artemis V da agência.

O New Glenn integra a nova geração de foguetes, que inclui o Vulcan, da United Launch Alliance, e o Ariane 6, da Agência Espacial Europeia — todos considerados potenciais competidores no mercado de lançamentos, mas que enfrentam dificuldades para aumentar a frequência de voos orbitais.

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