O casal bilionário premiou o vencedor do desafio que propunha a criação de uma nova tecnologia de saneamento para as próximas gerações (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2011 às 12h44.
São Paulo – Diminuir as incidências de doenças transmitidas pela falta de saneamento e, de quebra, fornecer combustível para a população de Acra, a capital de Gana. Essas são as metas da Bill & Melinda Gates Foundation, que doou recentemente 1,5 milhão de dólares a um professor para criar a tecnologia de saneamento urbano da próxima geração.
Kartik Chandran, da Columbia University, dos Estados Unidos, venceu um dos vários desafios lançados pela fundação e, para tornar sua ideia realidade, vai contar com a ajuda da operação de Gana da Waste Enterprise e a Kwame Nkrumah University of Science and Technology.
O projeto, que ainda não saiu do papel, pretende transformar os compostos orgânicos contidos nos dejetos humanos em biodiesel e gás metano, criando uma espécie de “bio-refinaria”. Ao usar os resíduos para gerar energia, ele não só vai melhorar a economia local, como também vai diminuir a quantidade de doenças causadas pela falta de saneamento.
Depois de aplicar a nova solução na cidade de Acra, o professor Chandran sonha alto e pretende espalhar essa tecnologia pelo mundo todo, principalmente em países em desenvolvimento. Sua esperança de mudar o mundo também se estende à educação.
Com essa tecnologia, o professor quer treinar futuros engenheiros a olhar para o esgoto como uma fonte de energia, não como uma água contaminada a ser tratada. Para ele, até o conceito de esgoto é atrasado, afinal, mais do que uma lama contaminada, ele é a água com diferentes compostos químicos e biológicos.