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Big data nas redes sociais pode ajudar a evitar suicídios

Um ambicioso projeto de big data quer reduzir a ocorrência de suicídios analisando o que as pessoas publicam nas redes sociais


	Potenciais suicidas tendem a deixar pistas de seu estado nas redes sociais, acreditam os criadores do projeto Durkheim
 (Reprodução)

Potenciais suicidas tendem a deixar pistas de seu estado nas redes sociais, acreditam os criadores do projeto Durkheim (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 13 de julho de 2013 às 16h26.

São Paulo -- Um projeto de big data quer reduzir a ocorrência de suicídios analisando o que as pessoas dizem nas redes sociais. A ideia é processar o que voluntários dizem no Facebook, no Twitter e no LinkedIn, além de informações contidas em seus smartphones e tablets. O objetivo é detectar palavras e frases que caracterizem o autor como um potencial suicida.

Por enquanto, esses dados serão usados apenas para pesquisa. Mas a ideia é que, em algum momento futuro, uma equipe de profissionais possa entrar em contato com a pessoa em dificuldade para tentar ajudá-la.

O projeto, chamado de Durkheim, é um iniciativa de uma associação de veteranos de guerra americanos em conjunto com a empresa de análise de dados Patterns and Predictions. O nome vem de Emile Durkheim, sociólogo francês que, no final do século XIX, publicou um influente estudo sobre o suicídio.

O projeto tem financiamento de várias organizações, incluindo a Darpa, a agência do governo americano para pesquisas na área de defesa. O interesse da Darpa vem do fato de que o índice de suicídios é altíssimo nos veteranos de guerra. 

Dados do governo americano (divulgados pela NBCNews) indicam que a cada 65 minutos um deles põe fim à própria vida. É entre esses veteranos que estão sendo recrutados os voluntários para a captação de dados. Os criadores do projeto foram cuidadosos com a privacidade. Só quem se inscrever como voluntário terá seus dados captados e analisados.

Este vídeo de pouco mais de um minuto (com textos em inglês) apresenta o projeto Durkheim:

//www.youtube.com/embed/DmzNkL56jSw?rel=0

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