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Berlim expressa insatisfação pela suposta espionagem dos EUA

Berlim - A ministra de Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, expressou neste domingo sua insatisfação com as revelações de que os Estados Unidos...

Sabine Leutheusser-Schnarrenberger (Getty Images)

Sabine Leutheusser-Schnarrenberger (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Berlim - A ministra de Justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, expressou neste domingo sua insatisfação com as revelações de que os Estados Unidos teriam espionado a União Europeia (UE) e pressionou Washington a dar explicações sobre o caso.

"Excede todo o imaginável que nossos amigos dos Estados Unidos olhem os europeus como inimigos", afirmou a ministra. Sabine disse ainda que o caso lembra o comportamento "entre inimigos" durante a Guerra Fria.

A ministra, integrante do governamental Partido Liberal e firme defensora da preservação de dados privados, pediu que Washington esclareça imediatamente se espionou as comunicações da UE, tanto em sua representação em Washington como em Bruxelas.

Segundo o último número da revista alemã "Der Spiegel", a Agência Nacional de Segurança (NSA) espiona a UE e a ONU e armazena mensalmente 500 milhões de ligações telefônicas ou pela internet feitas na Alemanha.

A publicação utiliza como fonte documentos do ex-funcionário da CIA e da NSA Edward Snowden. A revista denunciou sobre operações sistemáticas de espionagem de dados na Alemanha (e- mails, sms e conversas na internet), armazenadas na central da NSA, em Fort Meade (Maryland).

Segundo a "Der Spiegel", em um dia a NSA controla, só na Alemanha, cerca de 20 milhões de conversas telefônicas e 13 milhões de comunicações na internet.

A revista afirmou ainda que a NSA espiona as representações da UE e da ONU nos EUA, com microfones instalados nesses edifícios e através da rede de computadores interna conectada a Bruxelas.

Com esse sistema, os serviços secretos dos Estados Unidos tiveram acesso a conteúdos de conversas confidenciais, e-mails e arquivos dos computadores da UE.

As informações da "Der Spiegel" geraram uma onda de indignação entre políticos alemães e europeus.

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