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Base de assinantes de TV paga cresce 6% em 2004

Para a ABTA, resultados encerram a estagnação que o setor atravessava desde 2000, puxado pela expansão dos assinantes de internet rápida

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h36.

A base de assinantes de TV paga aumentou 6% no ano passado e atingiu 3,767 milhões de pessoas. Os resultados foram comemorados pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), já que, desde 2000, o número de assinantes vinha se mantendo ao redor de 3,5 milhões. A venda de pacotes de canais mais acesso rápido à internet foi a principal arma do setor para crescer. Um reflexo disso é que a base de usuários de banda larga via cabo saltou 81% no ano passado, de 203 000 para 367 000.

"A internet representa uma importante porta de entrada para a conquista de um maior número de assinantes para os serviços de conteúdo da TV paga", afirma Francisco Valim, presidente do conselho diretor da ABTA. Para Valim, o salto entre 2003 e 2004 indica que os usuários estão percebendo as vantagens da convergência digital. Em 1999, por exemplo, havia apenas 1 000 assinantes de internet rápida via cabo no Brasil. Em 2002, o número já era de 135 000.

Outro atrativo de oferecer pacotes de serviços como este é aumentar a fidelidade do cliente. "O usuário começa a ter menos motivos para cancelar a assinatura da TV, por exemplo, porque há mais vantagens agregadas", diz Valim.

Receitas

As operadoras de TV por assinatura atingiram um faturamento de 4 bilhões de reais no ano passado, uma expansão de 14% sobre os 3,5 bilhões de 2003. Além de contar com um maior número de assinantes e com o reajuste das mensalidades, Valim afirma que o incremento de receita também se sustentou na venda de serviços mais sofisticados, como os pacotes pay-per-view.

As mensalidades, contudo, ainda representam 86% da receita das operadoras. A receita com a banda larga vem num distante segundo lugar, contribuindo com 5% do faturamento. O pay-per-view participa com 3% e a taxa de adesão, com 1%.

A publicidade, uma fonte que as empresas esperam ver decolar um dia, ainda representam uma parcela tímida de recursos. O item divide o bolo de "outras receitas", que somam 5% de participação, com os serviços de assistência técnica, a taxa referente às revistas com a programação mensal e as redes corporativas. "As agências ainda não perceberam o potencial da TV paga, que se dirige a um público segmentado e com alto poder aquisitivo", diz Valim.

Para 2005, a ABTA espera que a base de assinantes apresente a mesma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto. Já a receita deve se expandir num ritmo maior mas, de acordo com Valim, a associação não elaborou uma projeção a respeito. O crescimento de receita deve se sustentar nos mesmos princípios de 2004: aumento da base, reajuste de mensalidades e busca por pacotes de maior valor agregado. "Precisamos gerar mais receita por usuário", diz Valim.

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