O bom momento vivido pela economia está favorecendo também o segmento de TV paga. A base de assinantes encerrou o primeiro semestre 1,2% maior que em dezembro de 2003, atingindo 3,590 milhões de domicílios, o que equivale a 14 milhões de telespectadores, segundo a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (Abta). Conforme o diretor executivo da entidade, Alexandre Annenberg, o aquecimento econômico já permite prever que a conquista de novos assinantes se estenderá até, pelo menos, o primeiro semestre de 2005. "Quando a economia cresce, a TV paga responde imediatamente", afirmou.

A entidade não forneceu estimativas de quanto o segmento deve crescer até junho do próximo ano, mas Annenberg observou que, mesmo que o ciclo de crescimento seja interrompido, a base conquistada tende a se manter estável. Segundo ele, isto acontecerá porque, ao contrário de outros setores econômicos, a base da TV por assinatura não costuma apresentar retração em momentos de crise. "Em cenários adversos, o setor consegue manter inalterada a sua base, o que mostra a importância do produto para o consumidor", disse.

A entidade também aposta em outras fontes de receita, como o acesso rápido à internet. No ano passado, este serviço representou 5% do faturamento total do setor, que atingiu 3,4 bilhões de reais. No primeiro semestre deste ano, a Abta destaca que o serviço de internet em banda larga continou crescendo. O setor fechou junho com 269 861 assinantes, um incremento de 33% sobre dezembro de 2003. Nos seis primeiros meses de 2004, o setor de TV por assinatura apresentou faturamento bruto de 1,8 bilhão de reais. A Abta não divulgou o total faturado no mesmo período de 2003.