(Banco Inter/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 17 de maio de 2018 às 05h55.
Última atualização em 17 de maio de 2018 às 05h55.
São Paulo – Após o site TecMundo ter publicado uma reportagem sobre o vazamento de dados do Banco Inter, e a instituição ter negado invasão hacker, ela agora diz ter sido vítima de "ação criminosa" em caso de vazamento de dados de clientes, bem como de sua chave de criptografia.
Para confirmar os dados, o TecMundo chegou a ligar para telefones da lista e as pessoas confirmaram a veracidade dos dados que foram obtidos pelo site após o contato de um hacker que se identifica como John. 81 mil clientes teriam sido afetados pelo vazamento.
A EXAME, a instituição informou o seguinte: "O Banco Inter reitera que foi vítima de ação criminosa e constatou que não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem dano à sua estrutura tecnológica. A companhia reforça, ainda, que comunicou o fato às autoridades competentes, sendo que as investigações correm em sigilo".
O caso está sob investigação do Ministério Público do Distrito Federal.
Caso o vazamento tenha acontecido por meio de funcionários da própria empresa, ele configura fortuito interno, que seria ainda mais grave do que um fortuito externo, de acordo com fontes consultadas por EXAME. O hacker afirmou ao TecMundo que ele teria tido acesso aos sistemas do banco para copiar os dados porque "um funcionário foi inconsequente durante seu trabalho". Fora isso, o banco teria sido extorquido para que os dados não fossem divulgados.
Um dos motivos alegados para o vazamento ter acontecido seria a adoção de armazenamento de dados na nuvem, quando eles ficam em servidores de terceiros. Especialistas consultados disseram que pode haver uma economia atraente para fintechs na adoção da computação em nuvem, mas que a segurança dos dados deve ser primordial para empresas que buscam essa solução para crescer.