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Avanço dos celulares leva telefones fixos ao declínio

Enquanto o número de celulares em uso no Brasil cresce velozmente, a quantidade de telefones fixos diminui

O Brasil tem 30 milhões acessos fixos de telefone em uso, contra 251 milhões de linhas celulares (Fran Gambín / SXC)

O Brasil tem 30 milhões acessos fixos de telefone em uso, contra 251 milhões de linhas celulares (Fran Gambín / SXC)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 23 de abril de 2012 às 15h18.

São Paulo — O número de linhas de telefonia celular em uso no Brasil dobrou nos últimos quatro anos, indo de 126 milhões em março de 2008 a 251 milhões em março deste ano. A rede atual equivale a 128 linhas para cada 100 habitantes, como mostram os dados divulgados há poucos dias pela Anatel. Uma das consequências dessa popularização foi uma redução do interesse pelos telefones fixos.

Nesse mesmo período de quatro anos, o número de linhas fixas em uso no Brasil diminuiu 13%, de 35 milhões para 30 milhões. Mas os dados da Anatel mostram que a quantidade de linhas fixas instaladas (não necessariamente em uso) aumentou 5% no período, de 42 milhões para 44 milhões. Isso sugere que não há falta de linhas. O que há é desinteresse dos usuários.

Numa situação em que quase todas as pessoas possuem celular, o telefone fixo tornou-se dispensável para a maioria. E algumas vêm deixando de usá-lo. A proporção de linhas inativas cresceu. Segundo a agência governamental, ela era de 17% em 2008 e chegou a 31% em março deste ano. E o fenômeno afetou até os telefones públicos. Há 980 mil relhões e similares no Brasil. Isso é 14% menos do que havia em março de 2008.

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