Ao registrar eletronicamente o histórico médico dos pacientes, o prontuário eletrônico vem conseguindo eliminar não só o uso do papel, como também o risco de ilegibilidade e a perda de informações. Implantado no Brasil a partir de 2002, quando o governo definiu as regras para sua certificação, o sistema permite que os médicos compartilhem e acessem, em tempo real, informações de seus pacientes, como internações anteriores, problemas de saúde, resultados de exames e histórico familiar. Os dados podem ser compartilhados com outros hospitais, laboratórios e entre especialistas, oferecendo mais agilidade e segurança aos atendimentos.
Nos Estados Unidos, onde o uso de prontuários eletrônicos cresceu 57% entre 2001 e 2011, oito em cada dez médicos dizem fazer uso do sistema. Segundo o Health Information Technology, essa tecnologia os ajuda não só a acessar as informações remotamente, como também receber alertas sobre o risco de uma medicação errada ou de resultados laboratoriais críticos.
Neste ano, foi a vez do Hospital do Coração, em São Paulo, implementar o prontuário eletrônico. A ação faz parte de uma série de medidas tomadas pelo hospital para modernizar a área de tecnologia da informação. Entre elas estão o envio de uma mensagem SMS para o celular do paciente confirmando a consulta médica, a rastreabilidade de medicamentos com o uso de leitores de código de barras e a instalação, nas salas cirúrgicas, de equipamentos touchscreen que permitem com que os médicos controlem desde o tempo de anestesia até os medicamentos e materiais usados durante a cirurgia. Ao adotar novas tecnologias, os hospitais vêm ganhando tempo para dedicar-se ainda mais ao paciente, mantendo o atendimento rápido, confiável e seguro.