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Austrália considera que 5G é mais vulnerável a hackers que 4G

Mudança traz maior velocidade de acesso à internet, mas pode facilitar o trabalho de hackers

 (./Thinkstock)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 07h00.

Última atualização em 27 de agosto de 2018 às 08h52.

Embora o 5G prometa ser tão rápido que poderia revolucionar o modo como usamos tudo, dos eletrodomésticos aos carros, essa tecnologia também poderia abrir portas para hackers.

Foi o que o governo da Austrália sinalizou na última quinta-feira ao proibir que a Huawei Technologies e a ZTE forneçam aparelhos wireless de última geração para as operadoras de telefonia do país.

De acordo com uma declaração do secretário do Tesouro, Scott Morrison, e do ministro das Comunicações, Mitch Fifield, as redes sem fio consistem em um "núcleo" e uma "borda" – no primeiro são realizadas funções delicadas, como autenticação e roteamento de dados e voz, e é na "borda" que telefones e laptops se conectam ao "núcleo".

O problema é que, na tecnologia 5G, os limites entre o "núcleo" e a "borda" podem ficar confusos, segundo o comunicado.

"Esta nova arquitetura oferece uma maneira de contornar os controles tradicionais de segurança porque explora equipamentos na borda da rede - e essa exploração pode afetar a integridade e a disponibilidade geral da rede, bem como a confidencialidade dos dados dos clientes", segundo o comunicado. "O governo não encontrou uma combinação de controles técnicos de segurança que mitigue suficientemente os riscos."

As fabricantes de equipamentos chinesas também estão sendo criticadas nos EUA, onde os órgãos reguladores propuseram proibir que as empresas de telecomunicações usem subsídios federais para comprar de companhias como Huawei e ZTE, que, segundo eles, representam um risco à segurança nacional. A Huawei e a ZTE negaram que representem algum risco do tipo.

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