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Austrália anuncia investigação ao Facebook por uso indevido de dados

Dados de 311 mil australianos podem ter sido "compartilhados inapropriadamente" com a Cambridge Analytica

Facebook: o país vai analisar se a empresa infringiu suas leis de privacidade, que exigem que as empresas preservem dados pessoais (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Facebook: o país vai analisar se a empresa infringiu suas leis de privacidade, que exigem que as empresas preservem dados pessoais (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 10h01.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 10h04.

Canberra - A Austrália lançou uma investigação contra o Facebook após a empresa revelar que os dados de 311 mil australianos podem ter sido "compartilhados inapropriadamente" com a companhia de análise de dados Cambridge Analytica.

A comissária de Privacidade e Informação, Angelene Falk, disse que seu escritório, ligado à Procuradoria Geral, irá investigar se o Facebook infringiu leis de privacidade da Austrália, que exigem que as empresas preservem dados pessoais.

"Vou avaliar a resposta do Facebook e se será necessária alguma ação regulatória", disse Angelene em comunicado. "A investigação irá julgar se o Facebook violou o Ato de Privacidade de 1988. Dada a natureza global desse assunto, o escritório irá consultar autoridades regulatórias internacionalmente", completou.

O Ato de Privacidade estabelece que todas as companhias cumpram obrigações a respeito dos dados pessoais que elas guardam, inclusive que os consumidores sejam "adequadamente notificados sobre coleta e manuseio de suas informações pessoais".

Ontem à tarde, o Facebook informou que 87 milhões de usuários da rede social no mundo todo podem ter sido afetados pelo escândalo, muito mais do que os 50 milhões estimados anteriormente.Fonte: Dow Jones Newswires.

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