Propaganda de operadora que oferece internet 4G (David Ramos/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 09h21.
Brasília - Para especialistas em telecomunicação, o fato de Oi e Nextel não participarem da licitação do 4G não traz prejuízos para o consumidor. Segundo Renato Pasquini, gerente de telecom da consultoria Frost&Sullivan, há "faixas alternativas" que podem ser negociadas pelas operadoras com a Anatel no futuro. Mas é provável que elas tenham de pagar mais por isso.
Eduardo Tude, da consultoria Teleco, também acredita que não haverá perdas para o consumidor. "Apesar de ser uma faixa de frequências valiosa, por ter um raio de cobertura maior a partir das torres (ERBs), ela não é indispensável para a oferta de 4G", disse o consultor.
Na Europa, por exemplo, há países que já usam a frequência de 800 MHz para oferecer a telefonia de quarta geração. No Brasil, essa é a faixa usada pela Nextel para oferecer sua tecnologia de radiocomunicação.
Para Ruy Bottesi, diretor da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), o leilão não deveria ocorrer agora porque os ambientes econômico e político não são favoráveis. "Não há cenário com segurança suficiente para quem quer investir no Brasil", diz.
Para ele, o governo repete a "pressa" que teve para fazer o leilão da faixa de 2,5 GHz em junho de 2012. Naquela época, a meta era ter telefonia de quarta geração (4G) até a Copa do Mundo de 2014 - em um momento em que o 3G ainda estava se consolidando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.