Tecnologia

Atari quer se reinventar nos jogos sociais

Empresa aposta no relançamento de clássicos do seu portfólio para voltar a se firmar entre grandes nomes do universo dos jogos eletrônicos.

Atari aposta no relançamento de clássicos do seu portfólio na disputa por um lugar ao sol em tempos de redes sociais (Divulgação)

Atari aposta no relançamento de clássicos do seu portfólio na disputa por um lugar ao sol em tempos de redes sociais (Divulgação)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 06h36.

São Paulo – Quem cresceu entre a 1980 e início da década de 90 certamente viveu, ou ao menos se lembra, dos tempos áureos da Atari e seus games em consoles e fliperamas. Em quarenta anos de atividade, a empresa fundada por Nolan Bushnell e Ted Dabney se firmou como a pioneira no mercado de games e é a responsável pela popularização do videogame.

Depois de cair num certo ostracismo na década de 90 e nos anos 2000, no qual foi vendida, comprada e enfim remodelada. Hoje ela pertence ao grupo francês Infogrames, e parece ter encontrado nos jogos sociais um caminho de volta à disputa por um lugar ao sol.

E a estratégia, segundo a companhia e que já está sendo colocada em prática, é focar em franquias que já fazem parte do portfólio da Atari, transformando-as em jogos sociais e adaptar o conteúdo para execução em plataformas móveis.

A primeira incursão veio com o lançamento, do “Atari’s Greatest Hits”, na loja de aplicativos da Apple, em abril deste ano e que superou a marca dos três milhões de downloads. Uns meses depois, novembro, a Atari apostou no “Asteroids:Gunner”, sucesso absoluto nos fliperamas e cuja adaptação foi festejada pela crítica especializada. Os aplicativos, entretanto, não estão disponíveis na App Store brasileira.


Bom, mas a Atari não pretende parar por aí. Ainda este mês, está prometido o desembarque do “Breakout:Boost”, jogo cujo desenvolvimento contou com a participação de ninguém mais, ninguém menos que o fundador da Apple, Steve Jobs.

Mas, assim como as fases de um game ficam mais difíceis à medida que se avança em um jogo, a Atari também terá que enfrentar alguns desafios até que volte a ser “alguém” no mercado de games. Um deles é a Zynga, empresa mais jovem, é verdade, porém mais experiente quando o assunto é jogos sociais. Com mais de 230 milhões de usuários cadastrados, a Zynga é a desenvolvedora de praticamente todos os grandes hits da era das redes sociais, como FarmVille, CityVille e Mafia Wars.

Ainda é cedo para saber a ideia de relançar jogos que apostam na memória afetiva do público é, de fato, uma estratégia que vai dar certo no longo prazo. Mas, é possível prever que a briga pela liderança no disputado mercado dos jogos sociais vai ser boa. 

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