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Ataques cibernéticos podem afetar suprimento mundial de petróleo

Executivos de companhias petroleiras alertaram que os ataques estão se tornando mais frequentes, e que seu planejamento está se tornando mais cuidadoso

Produção de petróleo no oriente médio: Arábia Saudita vai aumentar oferta (Joe Raedle/Getty Images)

Produção de petróleo no oriente médio: Arábia Saudita vai aumentar oferta (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 18h16.

Doha - Hackers estão bombardeando o setor mundial de energia controlado por computadores, conduzem operações de espionagem industrial e podem causar devastação em todo o planeta caso perturbem o suprimento de petróleo.

Executivos de companhias petroleiras alertaram que os ataques estão se tornando mais frequentes, e que seu planejamento está se tornando mais cuidadoso.

"Se alguém conseguir entrar na área que permite controlar a abertura e fechamento de válvulas, ou as válvulas de escape, é fácil imaginar o que aconteceria", disse Ludolf Luhman, executivo de tecnologia da informação na Shell , a maior companhia da Europa.

"Vemos cada vez mais ataques aos nossos sistemas de informática e redes de informações, e as motivações são diversas - tanto criminosas quanto comerciais", disse Luhman.

"Vemos crescente número de ataques com claros interesses comerciais, tendo por foco nossa pesquisa e desenvolvimento, e com a meta de conquistar vantagem competitiva." Ele disse que o worm Stuxnet, descoberto em 2010, o primeiro a ser identificado que tinha como propósito específico subverter sistemas industriais, mudou o mundo das companhias petroleiras internacionais, porque foi o primeiro ataque visível a ter impacto significativo sobre o controle de processos.

Mas a determinação e vigor demonstrados pelos hackers no ataque a sistemas industriais e empresas estão se intensificando e houve uma alta no número de ataques múltiplos realizados contra sistemas operacionais específicos das empresas do setor, segundo ele.

"O crime de computação é uma questão grave. Não está restrito a uma companhia ou outra, ganhou dimensões amplas e é provavelmente um dos maiores ricos que enfrentamos hoje, e continuaremos a enfrentar", disse Dennis Painchaud, diretor de relações com governos internacionais na Nexen , do Canadá. "É um risco muito significativo para o nosso negócio." Luhman disse que os hackers estão cada vez mais buscando ataques longos, recolhendo informações durante semanas ou meses antes de atacar alvos específicos nas operações de uma companhia, com base nas informações recolhidas durante longo tempo de pesquisa.

"É uma nova dimensão dos novos ataques que vemos na Shell", disse.

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