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Ataque cibernético rouba 36 milhões de euros de contas

Simulando ser o banco, o ''malware'' envia uma advertência ao usuário sobre atualização e melhoria de segurança e solicita o número de celular


	Hackers: O dinheiro vai parar nas contas de terceiros aos quais os criminosos ofereceram uma comissão em troca das transferências
 (Reprodução)

Hackers: O dinheiro vai parar nas contas de terceiros aos quais os criminosos ofereceram uma comissão em troca das transferências (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 19h53.

Madri - Mais de 36 milhões de euros foram roubados de 30 mil contas bancárias na Europa no ataque cibernético denominado ''Eurograbber'', segundo um relatório publicado nesta quarta-feira por duas empresas dedicadas à segurança de internet.

O ataque afetou computadores e telefones celulares entre janeiro e agosto deste ano, segundo confirmou à Agência Efe Mario García, diretor-geral na Espanha da Check Point, fabricante de produtos de segurança online, que descreveu o vírus como ''simples, mas muito avançado''.

Foi a Check Point que, no último mês de agosto, descobriu e denunciou o ataque à polícia europeia, além de alertar as entidades bancárias afetadas.

García explicou à Efe o procedimento de invasão do vírus: após acessar certos links, o ''malware'' (software maligno) se instala no computador e permanece inativo até o usuário se conectar com sua conta bancária.

Simulando ser o banco, o ''malware'' envia uma advertência ao usuário sobre atualização e melhoria de segurança e solicita o número de celular, motivo pelo qual o software maligno também afeta esse aparelho e interfere nas mensagens que os bancos enviam como processo de autenticação.

Com a informação e o número de autenticação da transação, os criminosos podem executar transferências paralelas às do próprio usuário.

''Se você transfere, por exemplo, 100 euros, eles podem roubar outros 100 e você não vê nenhum mudança, nem na tela do computador, nem no celular'', explicou García.

O dinheiro vai parar nas contas de terceiros aos quais os criminosos ofereceram uma comissão em troca das transferências, acrescentou García.

O diretor da empresa reconheceu que existem ''muito poucas possibilidades'' de descobrir quem são os infratores, mas que os bancos já foram alertados.

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