Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 20h23.
O Asus Taichi 31 é um notebook diferente. Em vez de ter uma tela comum, ele tem duas: a tampa traseira do display é sensível ao toque e exibe as imagens do sistema. Com isso, ele é um aparelho que também pode ser usado como uma mesa inteligente ou até mesmo um tablet com sistema Windows.
A tela externa tem 13,3 polegadas, enquanto a interna conta com 13 polegadas. No entanto, com pelo de 1,55 kg, ele é um tanto pesado para ser usado como tablet. O Taichi 31, contudo, não é uma nova categoria de produto, mas sim uma evolução em relação ao Taichi 21.
Sua configuração se mantém intermediária, com processador Intel Core i5 3317U e 4 GB de memória RAM, o modelo testado pelo INFOlab possui SSD de 256 GB para armazenamento de dados, ou seja, em termos de configuração não houve nenhum tipo de melhora em relação à geração anterior, apenas o aumento do tamanho da tela e a adição de um leitor de cartões SD.
Outra pequena mudança que foi necessária para comportar o display de 13,3 polegadas, foi de sua estrutura: agora com medidas de 33,7 x 22,8 x 1,7 cm. Mesmo com alguns centímetros a mais, o Taichi 31 continua com o mesmo problema do Taichi 21: o calor. Sua parte inferior esquenta demais, quando em benchmarks de vídeo, sua saída de ar chegou aos mesmos 36 graus célsius registrados no modelo anterior.
A configuração do Taichi testado é mediana. Ele é definitivamente superior ao Vivobook, mas também não está no mesmo nível de outros ultrabooks avançados, como o Vaio Duo 11. O Core i5 3317U é um processador ultra low voltage que equilibra bem desempenho com a necessidade de poupar energia.
Entretanto, a GPU não se saiu muito bem nos testes de desempenho em algumas situações, algo que pode ser percebido durante o uso. Em raros momentos, o notebook demora mais que o normal para executar tarefas relativamente simples, como transferir um arquivo e reproduzir um vídeo ao mesmo tempo. Quando é preciso renderizar as duas telas ao mesmo tempo, esses problemas se tornam mais evidentes.
Benchmarks | Asus Taichi 31 |
Indice Windows | 5,5 |
PCMark Vantage (pontos) | 12731 |
PCMark 7 | 4517 |
Geekbench | 6356 |
Conversão de vídeo (s) | 16 |
A câmera que fica na parte interna da máquina é uma webcam comum que filma e tira fotos em 720p. Já a externa filma em 1080p, mas tira fotos com resolução de 5 MP.
Vale notar que a abordagem da Asus nesse notebook híbrido é bastante curiosa e acertada, em alguns pontos. É um arranjo bem mais natural do que o giro de 360° do Yoga e bem menos problemático que o mecanismo deslizante do Sony Vaio Duo 13. É admirável como a Asus tenha conseguido unir dois displays (sem esquecer que um deles é capacitivo) em um aparelho tão fino, leve e atraente. Um trabalho melhor provavelmente não poderia ter sido feito com a tecnologia atual (pelo menos não em larga escala).
Contudo, a presença da tela sensível ao toque cria uma expectativa de interface que se estende à outra tela, a interna, o que não acontece.
A tela externa tem as mesmas cores vivas e os amplos ângulos de visão dos melhores tablets disponíveis atualmente no mercado. No outro extremo, a Asus optou acertadamente por uma tela fosca para o modo notebook, que não é nem um pouco reflexiva. Ambos displays são painéis 1080p IPS excelentes. A densidade de pixels garante que os dois produzam imagens belíssimas, a tela interna vence no quesito fidelidade cromática.
No geral, a transição entre uma tela e outra é relativamente rápida, mas ele sofre com alguns soluços de vez em quando especialmente se você brinca um pouco com o gerenciador de monitores nativo do Windows.
Falando um pouco sobre o teclado, é importante mencionar que o bom mecanismo das teclas. Elas oferecem um bom nível de resistência, como nos teclados da Apple, embora não sejam tão boas quanto as da Lenovo.
Já o touchpad é amplo, mas nada excepcional para um ultrabook hoje em dia. A parte mais legal desse componente são os gestos multi-toque.: o Taichi suporta gestos de um, dois e três dedos e todos eles funcionam como o esperado. Os gestos de um e dois dedos são os de sempre (selecionar, girar, dar zoom, fazer scroll, etc.). Com três dedos para baixo, o computador exibe a área de trabalho. Três dedos para cima serve para circular entre as aplicações ativas. Três dedos para esquerda ou direita avança ou recua (no IE, no imagme preview, etc.).
Software
Como de costume, a Asus encheu o Taichi de aplicativos próprios. Alguns não passam de guias para as funções do próprio notebook e do Windows 8, outros são bem simples, como uma calculadora. Há, no entanto, alguns programas interessantes. No painel de controle da Asus existem atalhos para utilitários como o Audio Wizard e o Asus Splendid. De longe, o aplicativo mais legal é o SuperNote, um aplicativo de notas para o W8SUI. De certa forma, ele lembra o S Note da Samsung por oferecer uma ampla seleção de formatos de caneta, lápis, e outras formas de entrada de texto.
O primeiro é uma espécie de equalizador para todo o sistema (alterna entre seis perfis de áudio pré-configurados). O segundo é um calibrador de tela que tem dois perfis pré-configurados e um ajuste manual com parâmetros básicos (contraste, brilho, etc.). Nenhum dos dois é especialmente bom. Achei a calibração da tela especialmente horrível. Ainda assim, ter a opção é sempre bom.
O aparelho também conta com acesso a 32GB de armazenamento no Asus Cloud. Foram instalados aplicativos de desktop, como um apagador seguro de arquivos que reescreve o espaço ocupado várias vezes, ou um equalizador de áudio mais complexo que o da própria Asus (MAXX AUDIO Master).
A bateria não é o ponto forte do Taichi 31. Ele aguentou 1h40 de execução de softwares fora da tomada e 4h32 longe da tomada reproduzindo vídeos.
O Asus Taichi 31 traz boa inovações em relação à sua versão anterior. Entretanto, o produto continua com foco em entusiastas da ótima tecnologia de duas telas desenvolvida pela fabricante ou talvez para o ambiente corporativo. No modo tablet, ele poderia ser mais eficiente se fosse mais leve e não esquentasse tanto. Mas, no geral, o aparelho é um ótimo notebook híbrido de 13 polegadas com sistema Windows 8 e com um mecanismo eficiente de transição para o modo tablet. Mas, vale lembrar, esse é um aparelho que deve ficar sempre guardado em uma capa para evitar eventuais riscos.
Processador | Intel Core i5 3317U - 1,7 GHz (Máximo 2,7 GHz - 2 núcleos e 4 threads) |
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Chipset | Intel HM76, Intel Ivy Bridge |
Armazenamento | 256 GB SSD SATA III |
Sistema | Windows 8.1 (64 bits) Single Language |
Peso | 1,55 kg |
Bateria | 1h40 |
Tela | 1920 x 1080p |
Conexões de vídeo | microHDMI e VGA (adaptador mini DisplayPort) |
Prós | SSD de 256 GB. Duas telas 1080p de excelente qualidade; transforma-se em um tablet com a tampa fechada e a segunda tela pode ser usada como um monitor separado; trasição rápida entre telas; o display interno é fosco; |
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Contras | Esquenta demasiadamente, para utiliza-lo como tablet é preciso apoia-lo em alguma superficie. |
Conclusão | Ótimo notebook híbrido com duas telas, único do mercado com essa tecnologia |
Configuração | 8,2 |
Vídeo e Áudio | 8,2 |
Usabilidade | 8,0 |
Design modo tablet | 7,7 |
Design modo notebook | 7,5 |
Bateria | 6,9 |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 6.998 |