Assange negou ter mantido qualquer contato com o governo de Israel (Espen Moe/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2010 às 08h06.
Cairo - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou em entrevista divulgada pela rede de televisão "Al Jazeera" que seu portal publicará 3,7 mil documentos sobre Israel dentro de quatro ou seis meses.
"Ainda estamos esperando para publicar documentos sobre Israel, a grande maioria deles não foram divulgados e são polêmicos", disse.
Segundo o criador da portal que filtrou mais de 250 mil comunicações diplomáticas americanas, o WikiLeaks tem 3,7 mil "documentos relacionados com Israel ou cuja origem é Israel", e que apenas "1 ou 2%" deles foram revelados.
Nestas mensagens, entre as quais há "documentos delicados" e "secretos", segundo Assange, constam questões relacionadas com a guerra entre Israel e o Hisbolá em 2006 ou sobre a morte do dirigente do grupo palestino Hamas, Mahmoud al Mabhuh, em janeiro deste ano, supostamente provocada pelos serviços de inteligência israelenses.
"Dependemos até agora dos cinco grandes jornais do mundo, e o que já foi publicado reflete os interesses destes diários, como 'The Guardian', 'El País' e 'Le Monde', mas não representam necessariamente o que consideramos importante, mas vamos revelar todos os documentos que temos, e isto demorará quatro ou seis meses", explicou.
Assange negou ter mantido qualquer contato com o governo de Israel.
"Não tivemos nenhum contato direto ou indireto com Israel, mas acreditamos que os serviços de inteligência israelenses acompanham de perto o que fazemos", disse. EFE