Tecnologia

Ásia é melhor lugar para investir, diz fundador do Facebook

O co-fundador brasileiro do Facebook, Eduardo Saverin, afirmou que espera causar algum impacto investindo em tecnologia no continente asiático


	Co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin, em Cingapura: no momento, ele atua como "investidor-anjo", colocando dinheiro em startups asiáticas e internacionais
 (Roslan Rahman/AFP)

Co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin, em Cingapura: no momento, ele atua como "investidor-anjo", colocando dinheiro em startups asiáticas e internacionais (Roslan Rahman/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 12h10.

Cingapura - O co-fundador brasileiro do Facebook, Eduardo Saverin, afirmou nesta quinta-feira que será difícil alcançar o mesmo sucesso que teve com a rede social, mas espera causar algum impacto investindo em tecnologia na Ásia.

"Com certeza é um feito difícil de conseguir novamente", disse o bilionário de 30 anos em uma conferência de negócios em Cingapura, onde mora. No momento, ele atua como "investidor-anjo", colocando dinheiro em startups asiáticas e internacionais.

"Se observarmos o crescimento de telefonia móvel e da internet, a Ásia é o centro em termos de onde o consumidor estará no futuro, então é excelente para mim vir para cá e aprender", disse.

Saverin - que figurou na lista da revista Forbes como o 8º indivíduo mais rico em Cingapura em 2012, com uma fortuna estimada em 2,2 bilhões de dólares -- disse não querer recriar o sucesso do Facebook.

"Nem tudo o que faço na minha vida tem como objetivo a criação de um novo Facebook ou algo necessariamente novo que será distribuído para mais de um bilhão de pessoas", disse.

"O que importa é a certeza de que o que faço é gratificante tanto para mim quanto para outras pessoas no mundo".

Saverin, que se mudou para Cingapura há quase quatro anos, mas quase não faz aparições públicas, falou na conferência comandada pelo Wall Street Journal que o Facebook virou uma "força democratizadora" ao redor do mundo.


"O impacto é enorme", disse, citando o papel das mídias sociais nos movimentos democráticos do Oriente Médio -- conhecidos como "Primavera Árabe" -- assim como na mobilização pública após desastres naturais.

Fundado em 2004, o Facebook já havia conquistado mais de um bilhão de usuários mensais ativos em dezembro de 2012.

As ações da empresa foram atingidas por volatilidade desde a entrada da companhia na bolsa de valores, com uma oferta pública inicial de 38 dólares em maio de 2012. As ações fecharam a 28.46 dólares nesta quarta-feira.

Saverin, formado em economia na Universidade de Harvard, fundou o Facebook em 2004 com três outros colegas, incluindo o atual presidente-executivo, Mark Zuckerberg.

Ele foi retratado em 2010 no filme "A rede social", onde era, a princípio, amigo próximo de Zuckerberg, investindo financeiramente no site antes que a amizade sofresse uma ruptura.

Saverin disse nesta quinta-feira que ele e Zuckerberg não têm muito contato, "mas eu o admiro muito e tudo o que ele está fazendo pela empresa, e todas as outras pessoas que trabalham no Facebook."

Como investidor em start-ups de tecnologia, Saverin disse que as maiores oportunidades para empreendedores como ele estão na Ásia.

Ele também rejeitou sugestões para que se mudasse para Cingapura e renunciasse ao passaporte americano para tirar vantagem de menores taxas na cidade-estado, dizendo que era uma "decisão pessoal" que nada tinha a ver com dinheiro.

"Eu não olho muito para o dinheiro como algo de que preciso. Eu só quero ser feliz", confessou o jovem bilionário.

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