(YouTube/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de agosto de 2018 às 16h15.
Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 12h04.
São Paulo – Exilado dede 2013, quando relevou ao mundo o monitoramento em massa da população feita pelo governo dos Estados Unidos, Edward Snowden diz já não tem mais medo de perder a vida pelo que vez. Na Rússia, ele participou por videoconferência do EXAME Fórum Segurança da Informação, em São Paulo nesta semana.
“Não penso sobre isso há muito tempo. Não é uma coisa simples de fazer, desafiar os espiões mais poderosos do mundo. Eles acham que fazem a coisa certa. Não foi algo seguro. Mas se quisesse, ainda estaria espionando as pessoas em uma sala e ganhando muito dinheiro. Mas o que é certo é mais importante do que é seguro”, afirmou Snowden. “Às vezes, a única decisão correta é quebrar a lei.”
O ex-prestador de serviços para a NSA e da CIA reuniu dados, entregou-os aos jornais The Guardian e Washington Post e chamou a atenção para o monitoramento massivo que permitia ao governo, bem como para as empresas de tecnologia, a criação de perfis com diversos dados sobre cidadãos americanos e também do exterior, sem a devida autorização judicial para tanto.
Cinco anos depois, Snowden acredita que ainda exista o monitoramento, justificado pelo discurso da segurança da população, apesar de o mundo se ajustar, aos poucos, às novas leis de proteção de dados pessoais. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados começará a valer em 2020 e há agora uma discussão sobre qual será o órgão regulador responsável.