Depois dos rádios portáteis e dos televisores em preto e branco, passando pelo lançamento do videocassete e dos celulares, a Consumer Electronics Show (CES) — a maior feira de eletroeletrônicos do mundo — começa nesta quinta-feira em Las Vegas sua 50ª edição. O evento, mais uma vez, deve ditar as tendências tecnológicas para o ano que começa.

As apostas dos analistas e da imprensa especializada pode ser dividida em duas vertentes: velhos conhecidos nossos — como os televisores e os computadores pessoais — vão viver uma nova era. Em segundo lugar, produtos que mal chegaram ao mercado — como os carros elétricos — passarão a ter mais fabricantes.

Empresas de televisores, como Samsung e Panasonic, devem exibir seus novos modelos de tela 4K oled. As TVs também deverão apresentar sensível melhora no contraste e um aumento na paleta de cores. Com uma tecnologia conhecida como HDR, as imagens se parecerão mais com o que vemos na vida real. A aposta é que aparelhos desse tipo façam mais sucesso em 2017 pelo simples fato de ficarem mais baratos — atualmente um modelo custa ao menos 6.000 reais.

No campo dos computadores pessoais, a aposta é nos notebooks voltados para jogos. A Samsung, por exemplo, leva à feira o Odyssey, um computador com teclado com retroiluminação, ideal para gamers que jogam no escuro. A Acer, por outro lado, exibirá um notebook de quase 9.000 dólares e poder de processamento de 64GB — um computador de escritório, por exemplo, tem em média 8GB.

Entre os carros elétricos, todos os olhos estão voltados para a Faraday Future, uma startup sediada nos Estados Unidos. Graças ao investimento de fundos chineses, a empresa contratou engenheiros de concorrentes como BMW, Lamborghini, Chevrolet, Jaguar Land Rover e Tesla. Em um evento antes da abertura oficial da feira, a empresa apresentou o cronograma de produção do seu primeiro modelo. O FF 91, com autonomia de 600 quilômetros, estacionamento autônomo e reconhecimento facial no lugar da chave, será entregue somente para as 300 primeiras encomendas. Nesse caso, há um porém: será preciso esperar até março de 2018.