Tecnologia

Arsenal nuclear dos EUA ainda roda com disquetes

Mísseis, aviões e bombas - tudo é controlado por um IBM da década de 1970


	Disquete: de acordo com relatório do Departamento de Defesa dos gringos, as forças armadas locais usam um IBM/Series 1 para controlar mísseis intercontinentais
 (Thinkstock)

Disquete: de acordo com relatório do Departamento de Defesa dos gringos, as forças armadas locais usam um IBM/Series 1 para controlar mísseis intercontinentais (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 10h34.

Feche os olhos e imagine a central de armas nucleares do governo dos Estados Unidos. O que você vê?

Homens de vestes militares, luz baixa e computadores de última geração com luzinhas vermelhas piscando? Bom, desculpe matar sua imaginação, mas a coisa não é bem assim - pelo menos no quesito dos computadores.

O governo americano revelou que, na verdade, a máquina que controla o armamento nuclear do Obama é um sistema da década de 1970 que lê disquetes.

Mesmo que você tenha reimaginado a cena toda é capaz que nem assim tenha conseguido visualizar direito.

Os disquetes em questão não são nem mesmo aqueles que se popularizaram no Brasil nos anos 1990 (com cerca de 3,5 polegadas), estamos falando da versão-avó daquela tecnologia - os disquetes de 8 polegadas.

De acordo com relatório do Departamento de Defesa dos gringos, as forças armadas locais usam um IBM/Series 1 para controlar mísseis intercontinentais, bombas nucleares, e aeronaves transportadoras de combustível.

"O sistema continua em uso porque, basicamente, continua funcionando", afirmou, em entrevista à AFP, a coronel Valerie Henderson - porta-voz do Pentágono.

No próprio relatório é feita uma crítica ao uso do IBM. "De acordo com oficiais, o sistema [do Departamento de Defesa] é feito à base de tecnologias que estão no final de suas vidas úteis" afirmam os escritores do texto que reforça "[o computador] possui partes difíceis de substituir porque hoje são obsoletas".

Essa história, no entanto, já começou a mudar. O governo americano anunciou que investiu 60 milhões de dólares (cerca de R$ 215 milhões), para que até o fim de 2020 todo o sistema seja substituído.

Os disquetes em si devem desaparecer um pouco antes. O plano é que eles sejam trocados por cartões digitais antes de 2017 acabar. 

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