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Apps para furar fila fazem o Frank’s vender mais Negronis

Bar Pass possibilita que os clientes peçam e paguem uma rodada e então peguem suas bebidas depois que o bartender as serviu ou preparou


	Mais coqueteis: app teria reduzido os tempos de espera e ajudado a aumentar as vendas
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Mais coqueteis: app teria reduzido os tempos de espera e ajudado a aumentar as vendas (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 23h52.

Londres - No Frank’s, um ponto de encontro hipster sobre um estacionamento no sul de Londres, os consumidores interessados em drinques como Negroni e Aperol spritz precisavam esperar 25 minutos na fila durante o auge da temporada de verão. Ben Floyd tem uma forma de furar a fila.

Floyd é cofundador do Bar Pass, um aplicativo que possibilita que os clientes, na própria mesa, peçam e paguem uma rodada e então peguem suas bebidas depois que o bartender as serviu ou preparou. O Frank’s diz que o aplicativo, testado no bar nesse verão, reduziu os tempos de espera e ajudou a aumentar as vendas.

“Aplicativos como este não existem por causa da preguiça”, disse Floyd, 30, um ex-operador do Bank of America Merrill Lynch. “As pessoas hoje em dia têm tão pouco tempo que qualquer coisa que você puder fazer para lhes dar uns minutos extras ajuda”.

O Bar Pass e os concorrentes Q App, que está em funcionamento nos cinemas Nimax e no teatro South Bank de Londres, e YQ? -- que diz que está testando sua tecnologia em pequenos estabelecimentos de Londres -- têm como objetivo revolucionar a apreciada cultura britânica dos pubs. Nos EUA, aplicativos como o Prio e o Dash oferecem serviços similares.

Desconto em drinques

Os desenvolvedores britânicos, que começaram a trabalhar em seus aplicativos no início deste ano, dizem que podem aumentar a eficiência dos bares e apoiar o setor fazendo os grandes bebedores gastarem mais. E contam que oferecem novas oportunidades de marketing para fabricantes de cervejas e destilados como a Pernod Ricard SA, a Diageo Plc e a Anheuser-Busch InBev NV, que poderiam pagar para colocar suas marcas no topo dos menus virtuais dos bares nos smartphones.

“O objetivo final tem a ver com as relações que queremos promover com as grandes empresas de bebidas”, disse Darren Blake, cofundador do YQ?, que afirma ter se reunido com fabricantes de cervejas e destilados, sem chegar a um acordo até aqui. Ele sugere que as empresas de bebidas poderiam usar dados dos aplicativos para fornecer aos clientes de marcas rivais descontos em ofertas semelhantes às suas.


Queen’s Tennis

A Pernod Ricard, fabricante da Absolut e do Chivas Regal, está “muito aberta a misturas com startups e novos serviços tecnológicos”, disse Antonia McCahon, chefe de marketing digital -- embora ela não tenha comentado a respeito de negociações com qualquer desenvolvedor de aplicativos. A Diageo está interessada de forma semelhante, disse Venky Balakrishna, vice-presidente global de inovação de marketing, mas lembra que “para cada novo aplicativo brilhante que oferece utilidade e valor aos usuários, há vários que não chegam lá”.

O Bar Pass, que começou no Frank’s e no The Queen’s Tennis Club em Londres e que está se expandindo para outros negócios, como as corridas de cavalos Royal Ascot, diz que os 572 clientes que baixaram o aplicativo no Frank’s gastaram em média 40 por cento mais que aqueles que não o fizeram. Os desenvolvedores do Q App diz que as vendas sobem em bares que usam seu programa, mas não forneceram detalhes.

“Você está reduzindo o tempo de fazer um pedido e também o de processar o pagamento”, disse Tim Bichara, criador do Q App. “Os testes que temos visto até aqui mostram que haverá um aumento significativo no uso desse produto” já que os bares servem os drinques mais rapidamente.

O YQ? cobra dos consumidores 5 por cento sobre seu pedido. O Bar Pass e o Q App retiram uma porção das vendas do pub e dizem que os aumentos de receita mais que compensam a cobrança.

Os serviços podem enfrentar resistência de consumidores que gostam de interagir cara a cara ou de bartenders que sentem que os aplicativos os distanciarão de seus clientes, segundo Brian Blau, analista de tecnologia da pesquisadora Gartner. Pequenos bares que servem coquetéis, por exemplo, prosperam por causa da interação no bar, mas esse fator é menos importante em estabelecimentos concorridos da cidade em noites de sexta-feira, nos quais a tecnologia pode substituir as cotoveladas.

Há muito incentivo para usar os aplicativos em horários de pico, disse Frank Boxer, diretor do Frank’s. Ele disse que depois de um período de testes neste verão planeja usar o Bar Pass por toda a temporada, no ano que vem.

“O maior problema que temos é servir as pessoas em um período razoável de tempo”, disse Boxer. “O olhar de satisfação nos rostos das pessoas quando passavam caminhando por uma fila enorme para pegar seus drinques no bar era incrível”.

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