Ainda não é o óculos da Apple: funcionário da empresa ajuda uma repórter a experimentar um dispositivo da HTC Vive, conectado a um iMac, durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple, em 2017. (JOSH EDELSON/Getty Images)
O caminho até o metaverso é curto para os usuários, mas bastante longo para as empresas que idealizam pesquisas nessa seara. A jornada, no entanto, quase sempre começa pelo hardware de realidade virtual ou aumentada que irá guiar os exploradores dos mundos virtuais.
Dado essa máxima, os executivos da Apple apresentaram, para o conselho da empresa na semana passada, o projeto da empresa para ensaiar a ida ao metaverso, uma indicação de que o desenvolvimento do óculos de RV da empresa atingiu um estágio avançado.
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O conselho da empresa, composto por oito diretores independentes e o CEO da Apple Tim Cook, se reúne pelo menos quatro vezes por ano. Uma versão do dispositivo foi demonstrada aos diretores durante a última reunião, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
Nas últimas semanas, a Apple também acelerou o desenvolvimento do rOS - o sistema operacional do dispositivo, de acordo com outras pessoas familiarizadas com o trabalho. Esse progresso, juntamente com a apresentação ao conselho, sugere que a estreia do produto pode ocorrer nos próximos meses.
Se vigorar, o produto representa a primeira grande novidade da empresa desde o Apple Watch em 2015 e colocaria a gigante de tecnologia em uma indústria ainda nascente – atualmente dominada pela Meta, de Mark Zuckerberg.
Apesar da revelação do produto significar o seu bom desenvolvimento, segundo levantou a Bloomberg, o óculos ainda tem desafios relacionados a conteúdo e superaquecimento. Somando a isso, a empresa enfrenta também problemas na cadeia de suprimentos e preocupações com a desaceleração dos gastos do consumidor, que já pesaram sobre suas ações.
O papel caiu cerca de 23% este ano - parte de uma queda mais ampla do setor de tecnologia.
A vantagem sobre os concorrentes se da pela a Apple ter avançado muito na fabricação de processadores de arquitetura ARM, como os M1 e M2 dos iMac e Macbooks, além de ter fornecedores ágeis na produção de telas de resolução ultra-alta. Embora o primeiro modelo ofereça RV e RA, a empresa também trabalha em óculos RA autônomo, sob o codinome N421, para lançamento no final desta década. Ao contrário da RV, a realidade aumentada sobrepõe informações e imagens digitais ao mundo real.