Tecnologia

Apple TV+, Amazon Prime Video, Disney+, HBO Go, Globoplay: qual escolher?

O que cada um dos serviços de streaming têm a oferecer - e o que não têm

Streaming: quais as diferenças entre os principais serviços de conteúdo digital (Apple/Amazon/HBO/Disney/Netflix/Globo/Reprodução)

Streaming: quais as diferenças entre os principais serviços de conteúdo digital (Apple/Amazon/HBO/Disney/Netflix/Globo/Reprodução)

ME

Maria Eduarda Cury

Publicado em 28 de setembro de 2019 às 09h00.

Última atualização em 28 de setembro de 2019 às 09h00.

São Paulo – Stranger Things, Jack Ryan, Chernobyl, Sob Pressão, O Mandaloriano. Estas cinco séries, que estão entre os programas de televisão mais comentados ou esperados do ano, pertencem aos cinco serviços de streaming mais comentados do ano: Netflix, Amazon Prime Video, HBO Go, Globoplay e Disney+, respectivamente. Ainda que o último só vá chegar no Brasil no ano que vem, muito se debate sobre qual serviço apresentará um melhor conteúdo, um preço mais acessível e uma maior disponibilidade de produtos audiovisuais.

Além das citadas, a Apple também está entrando no jogo: durante seu evento anual, a companhia de produtos eletrônicos anunciou o AppleTV+, seu próprio serviço de streaming, e produções exclusivas, como o seriado dramático The Morning Show, que conta com atores como Jennifer Aniston, Reese Whiterspoon e Steve Carrell no elenco.

Pela primeira vez em quase uma década, a pioneira Netflix estará dividindo a atenção dos seus 150 milhões de assinantes globais com outras quatro empresas, que estão investindo grande parte de seu capital na produção de séries exclusivas - a HBO gastou cerca de 15 milhões de dólares por episódio durante a última temporada de Game of Thrones, algo que a Apple pode chegar a fazer com See, série de ficção estrelada por Jason Momoa.

Mas isso não significa que a Netflix ficará para trás: ainda este ano, a produtora lançará 8 filmes que podem concorrer ao Oscar, sendo um deles protagonizado por Al Pacino, Joe Pesci e Robert de Niro e com um orçamento de 140 milhões de dólares - o longa tem o título "O Irlândes".

Portanto, a famosa frase "Tem na Netflix?" não deve ser substituída tão cedo e continuará bastante presente durante as conversas sobre filmes e séries. Ainda assim, é inevitável que, diante de tantos novos conteúdos e serviços, os usuários não se sintam confusos e o mercado seja um pouco balançado - pela primeira vez desde 2011, a empresa registrou uma perda considerável na quantidade de assinantes nos Estados Unidos.

Qual é o conteúdo de cada um?

É bom observar, antes de tudo, que o conteúdo que as empresas estão dispostas a entregarem para seus clientes é um pouco divergente. O streaming da Disney, por exemplo, não irá possuir material destinado para maiores de idade, o que pode ser um fator limitante para parte da população que prefere conteúdos com temáticas adultas - como os que a HBO costuma entregar. Além disso, a empresa fundada por Walt Disney não pretende criar conteúdos originais que não tenham a ver com a sua marca, focando assim em aumentar suas franquias - como as séries programadas para os universos da Marvel e de Star Wars - e regravar seus clássicos em formato live-action, como A Dama e o Vagabundo, que irá diretamente para o serviço digital.

A Netflix e a Amazon, neste ponto, possuem um catálogo mais diversificado que inclui desde filmes e séries destinados para crianças até produções que agradam mais jovens adultos e adultos. No caso da Netflix, vale mencionar que muitas de suas animações originais contém temáticas adultas, como os seriados BoJack Horseman e Big Mouth - mas o serviço possui a opção de criar um perfil exclusivamente infantil. A Amazon, por sua vez, investe em animações com classificação para crianças, como Galáxia Criativa.

Já o serviço de streaming da Globo pode ser interpretado como um meio-termo entre Netflix e Disney+, já que seu catálogo varia entre produções originais com artistas Globo - como Sob Pressão, série pela qual a atriz Marjorie Estiano foi indicada ao prêmio internacional de televisão Emmy - e séries internacionais que já são consideradas queridinhas do público, como The Big Bang Theory, Supernatural e Smallville.

Apesar da Apple ter anunciado séries de comédia, drama, ficção e de conteúdo educacional - o que representa uma boa variedade de gêneros - ainda é cedo, porém, para definir qual caminho a empresa pretende seguir com o Apple TV+. Já a HBO aparenta, até o momento, ter escolhido seu nicho de consumidores mais especificamente: ainda que o canal produza e distribua séries infantis, seu foco principal é nos conteúdos dramáticos, fictícios e humorísticos para maiores de idade. Só neste ano, a companhia foi responsável por séries como Barry, Big Little Lies, Game of Thrones, Euphoria, Chernobyl, Objetos Cortantes e Westworld - todos já tiveram passagem pelo Emmy, principal prêmio da televisão americana.

E os preços?

Para quem estiver indeciso sobre qual conteúdo prefere, a mensalidade destes serviços talvez ajude a escolher. Confira abaixo uma tabela de comparação entre os preços dos serviços citados acima (exceto o Disney+ cuja mensalidade no Brasil ainda não foi divulgada)

StreamingAssinatura mensalSéries originais
Amazon Prime VideoR$ 9,90The Boys, Jack Ryan, American Gods, Fleabag
Disney+Não divulgadoO Mandalorian, Loki, Falcão e o Soldado Invernal, Lizzie McGuire
Apple TV+R$ 9,90The Morning Show, See, For All Mankind, Dickinson
GloboplayR$19,90Aruanas, Sessão de Terapia, Assédio, Shippados
NetflixR$ 21,00 - R$ 45,90Stranger Things, House of Cards, La Casa de Papel, Sintonia
HBO GoR$ 34,90Westworld, Game of Thrones, Chernobyl, Big Little Lies

Mas nem todos os serviços de streaming existentes investiram em séries originais e exclusivas. O Looke, plataforma de filmes e séries brasileiras, se dedica apenas para funcionar como um serviço de locação e streaming digital - algo que a Netflix fazia no começo de sua existência. Seus clientes têm 3 opções de planos: R$ 16,90 para uma tela, R$ 18,90 para duas telas e R$ 25,90 para cinco telas + 1 locação de vídeo por mês. Além disso, também existe o diferencial que permite que o indivíduo compre os conteúdos que deseja a partir de R$ 14,90, de modo que ele fica para sempre em sua biblioteca virtual, por mais que o catálogo mude.

Quero assinar todos ou alternar por mês - como fazer?

Todos os serviços acima permitem que o usuário cancele sua assinatura quando quiser, portanto, é fácil comprar um serviço apenas para assistir aquele lançamento do mês - como muitos fizeram com Game of Thrones - que todo mundo está falando sobre e depois cancelá-lo.

Caso queira assinar todos, é possível dividir o preço da mensalidade entre duas ou mais pessoas. A Netflix disponibiliza a opção familiar, para várias telas ao mesmo tempo, ou a opção duas telas simultâneas. Já o Prime Video e o Apple TV+ possuem apenas uma opção de assinatura, que não apresenta limite de telas - ou seja, o usuário paga apenas uma mensalidade para assistir em quantas telas desejar.

Entre os que já tiveram seu preço mensal divulgado, o HBO Go é, até o momento, o mais limitado. Com uma das mensalidades mais caras, o serviço permite apenas duas telas ao mesmo tempo. Caso o Disney+ chegue ao Brasil com o mesmo formato apresentado para os Estados Unidos, o usuário poderá assistir em até quatro telas ao mesmo tempo com definição 4K, pagando o plano básico - que custa 7 dólares no exterior.

O Globoplay e o Looke, ambos originalmente brasileiros, também funcionam da mesma maneira, permitindo que o usuário cancele o serviço quando desejar. A principal diferença entre os dois é que o Looke apresenta a possibilidade de um perfil infantil, e o Globoplay não permite a criação de vários perfis em uma única conta - é possível, porém, adicionar até 5 pessoas em uma assinatura, mas cada uma com seu e-mail e senha de acesso.

Acompanhe tudo sobre:AmazonAppleDisneyGloboNetflixStreaming

Mais de Tecnologia

Vale a pena comprar celular na Black Friday?

A densidade de talentos define uma empresa de sucesso; as lições da VP da Sequoia Capital

Na Finlândia, o medo da guerra criou um cenário prospero para startups de defesa

Brasileiros criam startup para migrar tuítes antigos para o Bluesky