Tecnologia

Apple quer monitorar seu sono com um novo aparelho

Novo dispositivo chamado Beddit é uma tira cheia de sensores que analisa o comportamento do usuário durante a noite de sono

Aposta: Com Beddit, um aparelho focado em saúde, Apple marca presença em um mercado que pode valer mais de 200 bilhões de dólares até 2020 (Aly Song/Reuters)

Aposta: Com Beddit, um aparelho focado em saúde, Apple marca presença em um mercado que pode valer mais de 200 bilhões de dólares até 2020 (Aly Song/Reuters)

GG

Gustavo Gusmão

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 15h42.

Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 15h47.

São Paulo — A Apple começou a vender um dispositivo um tanto quanto diferente dos iPhones nesta última semana: um monitor de sono. Chamado Beddit Sleep Monitor 3.5, o aparelho de 150 dólares nada mais é do que uma tira com 2 milímetros de espessura, mas recheada de sensores e capaz de coletar diversas informações sobre os usuários enquanto dormem. É mais uma posta da empresa em um setor que já é bilionário, mas que tem potencial de ser ainda mais: o de tecnologias para saúde.

O dispositivo é feito para ser colocado debaixo do colchão, de onde verifica todos os movimentos feitos durante a noite. As informações coletadas — tempo de sono, batimentos cardíacos, respiração e temperatura e umidade do quarto — podem ser acessadas em um app de mesmo nome, com versão apenas para iOS 12, ou pelo aplicativo Saúde, nativo do iPhone.

O Beddit é, na verdade, criação de uma empresa finlandesa comprada pela Apple em 2017, a Beddit Oy. A marca foi rapidamente absorvida pela companhia de Tim Cook e a versão antiga do monitor de sono, o Sleep Monitor 3 aos poucos sumiu das lojas físicas. O lançamento do novo aparelho, no entanto, mostra que o conceito do produto não foi deixado de lado, como já aconteceu com outras empresas menores adquiridas por nomes maiores.

(Apple/Divulgação)

Foco na saúde

Como lembrou o site Cnet, a chegada do acessório reforça o foco da Apple em produtos relacionados a saúde. A empresa entrou no ramo ainda na época do iOS 8, em 2014, quando anunciou o aplicativo Saúde, que serve como um "diário" de atividades para o usuário.

Desde então, o app passou por modificações, assim como sua interface para desenvolvedores, o HealthKit, para facilitar a integração da aplicação com outras de terceiros. Fora isso, neste ano, a marca ampliou o leque de funções do Apple Watch, que se tornou capaz de gerar até mesmo eletrocardiogramas a partir do sensor de batimentos cardíacos.

É uma aposta que faz bastante sentido em termos de retorno financeiro. Segundo o banco de investimentos suíço Credit Suisse, o mercado de healthtech — tecnologias relacionadas à saúde — deve fechar 2018 com um valor estimado de quase 150 bilhões de dólares. Até 2020, esse número vai passar dos 200 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:AppleApps para iPhoneiPhone

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony