Tecnologia

Próximo iPhone poderá tirar fotos em "super-resolução"

Apple patenteou a propriedade intelectual do sistema de 'super-resolução a partir da estabilização ótica de imagem'

iPhone (Reprodução/Sonny Dickson)

iPhone (Reprodução/Sonny Dickson)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 10h07.

A Apple patenteou uma tecnologia que permitirá a seus dispositivos móveis, entre eles o popular iPhone, fazer fotografias em "super-resolução" e obter assim uma qualidade superior à atual.

O Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos publicou nesta quinta-feira os termos da patente em seu site, pelos quais atribui à empresa de Cupertino, na Califórnia, a propriedade intelectual do sistema de "super-resolução a partir da estabilização ótica de imagem".

Entenda a tecnologia - A Apple costuma ser bastante conservadora quando se trata de inovações, mas eles possuem uma habilidade incrível de popularizar tecnologias que normalmente ficam restritas a círculos especializados. Utilizando um sistema que normalmente seria associado à estabilização óptica, essa patente propõe criar imagens compostas movimentando o módulo de uma câmera, produzindo fotos com mais resolução espacial.

Tipicamente, um sistema de estabilização óptica movimenta o sensor da câmera ou um dos elementos da lente para compensar os movimentos da mão do fotógrafo. A ideia da Apple é usar um atuador para reproduzir esse efeito. A segunda função desse motor seria inclinar o módulo da câmera com movimentos precisos para cobrir uma área determinada. O sensor de imagem seria exposto à luz em uma série de inclinações diferentes e os dados recolhidos seriam combinados para criar uma imagem de resolução maior que a resolução efetiva da câmera.

O conceito por trás desas patente não é novo. Há cerca de três anos, a Hasselblad usa uma tecnologia similar para gerar imagens de 200 MP a partir de um CCD de 50 MP. Há mais tempo ainda, astrônomos têm utilizado técnicas parecidas para criar fotos compostas dos corpos celestes (com efeito, a maioria das imagens mais famosas do espaço são na verdade fotos compostas).

A Hasselblad, inclusive, foi um passo adiante e usou esse mesmo método para captar mais informação de cor por pixel individual: o sensor pode se mover de tal maneira que cada pixel da imagem final incorpora dados do espectro verde, vermelho e azul em vez de simplesmente interpolar uma imagem exposta sob a matriz de Bayer.

No entanto, a implementação da Apple seria obviamente original. Embora o celular chinês Oppo 7 também seja capaz de criar imagens de altíssima resolução combinando fotos, creio que o caso da Apple seria a primeira solução desse tipo baseada em hardware a ser proposta para um smartphone.

De qualquer maneira, como a Apple acaba de contratar Ari Partinen, que foi responsável pelas câmeras da série Lumia entre 2007 e 2014, podemos esperar grandes novidades nesse sentido do próximo iPhone. Quem sabe a Apple não usa a resolução espacial extra para criar imagens com oversampling como o Lumia 1020?

*Com informações da Agência EFE

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