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Apple lança relógio com apps de mensagem, chamadas e saúde

A Apple apresentou oficialmente o Apple Watch, com a esperança de virar o jogo em um mercado onde vários de seus concorrentes já estão presentes


	Lançamento do Apple Watch: sua função mais rudimentar: dar as horas
 (Divulgação / Apple)

Lançamento do Apple Watch: sua função mais rudimentar: dar as horas (Divulgação / Apple)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 19h58.

A Apple apresentou oficialmente nesta segunda-feira seu relógio inteligente, o Apple Watch, que começará a ser vendido em 24 de abril com a esperança de virar o jogo em um mercado onde vários de seus concorrentes já estão presentes.

Conectado ao iPhone, o Apple Watch é desenhado como um dispositivo de pulso para envio e recebimento de mensagens e chamadas e para uma variedade de aplicativos de acompanhamento de saúde.

O relógio também está integrado com a carteira móvel Apple Pay e pode ser usado para ver fotos e monitorar notícias, bem como para se conectar com as mídias sociais.

Também tem um mirofone que permite ao usuário dar comandos de voz através do sistema de navegação Siri e um aplicativo Uber X para chamar táxis.

Sua função mais rudimentar: dar as horas.

"É como ter um treinador no pulso", explicou o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, enquanto apresentava o aguardado Apple Watch. O produto terá três versões: o genérico Watch, de aço inoxidável; o esportivo Watch Sport, de alumínio anodizado; e o luxuoso Watch Edition, com caixas de ouro amarelo ou rosa de 18 quilates.

A pré-venda começara em 10 de abril para ser entregue em 24 de abril nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e outros seis países da Europa e Ásia. A data de lançamento na América Latina não foi informada.

Disponível em dois tamanhos para cada uma das três coleções, o preço de venda inicial do relógio será de US$ 349 nos Estados Unidos, e vai até US$ 1.049, caso venha com todos os extras. A edição em ouro será vendida a partir de US$ 10 mil.

"É o dispositivo mais pessoal que já criamos", afirmou Cook na apresentação à imprensa em San Francisco, onde mostrou a variedade de possíveis imagens na tela do gadget, que iam de um clássico relógio de ponteiros a um Mickey Mouse animado.

"Com o microfone e o fone incorporados, você pode receber chamadas em seu relógio. Queria fazer isso desde que eu tinha cinco anos", comentou Cook.

O Watch, que funciona com o último sistema operacional da Apple, o iOS 8.2 -- disponível para download a partir desta segunda --, também está integrado com a carteira móvel Apple Pay, cada vez mais popular nos Estados Unidos como meio de pagamento rápido, e pode ser usado para ver as notícias e se conectar com as mídias sociais.

"Agora está no seu pulso, não no seu bolso ou na sua bolsa", disse Cook. "Acho que vocês vão ficar surpresos com o que os designers são capazes de fazer quando damos ouvido à comunidade".

Uma bateria que dura

A empresa com sede na Califórnia (oeste dos EUA) demonstrou que é possível ouvir música no relógio enquanto o mostrador do dispositivo passa a letra. Também mostrou um aplicativo com o qual o usuário pode abrir a porta da garagem à distância para deixar entrar um membro da família que está trancado do lado de fora.

Tim Cook se referiu a um problema que vem sendo o calcanhar de Aquiles da marca há muito tempo: a duração da bateria dos produtos. O Apple Watch, garantiu, "logo se tornará uma parte fundamental da sua vida diária, então o projetamos para que ele dure o dia inteiro", ou cerca de 18 horas por dia.

A Apple entra, assim, em um mercado que já tem vários concorrentes, como as gigantes sul-coreanas Samsung e LG, além da japonesa Sony e 'startups' como a Pebble.

Mas os analistas esperam que a Apple aumente a parcela deste mercado, ao integrar o relógio ao ecossistema do iPhone e incorporar novos aplicativos e sensores para a saúde e atividade física.

"Os relógios inteligentes até agora tinham tido um sucesso limitado, o que sugere que tais dispositivos conectados têm necessidade de um produto 'mágico' para que sejam adotados" pelo grande público, avaliou Cathy Boyle, analista da consultoria eMarketer.

Segundo a especialista, o Apple Watch cumpriria essa função, porque a Apple sempre pode contar com os consumidores que são fieis à marca.

A empresa de pesquisas Strategy Analytics, que aposta no sucesso do Watch, calcula que a Apple venderá 15,4 milhões de unidades em todo o mundo em 2015, o que garantiria um segmento de mercado de 55%.

Os analistas da ABI Research foram mais prudentes e previram 13,77 milhões de unidades vendidas, quer dizer: menos da metade do mercado.

Por ora, as empresas relojoeiras tradicionais não responderam à novidade.

A Apple também apresentou nesta segunda uma nova versão de seu computador portátil MacBook, com um desenho mais fino que o do MacBook Air, além de reduzir em 30% o custo da assinatura do serviço de televisão AppleTV.

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