Apple: empresa americana tem investido em serviços financeiros para depender menos das vendas do iPhone (Mike Segar/Reuters)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 6 de setembro de 2019 às 14h53.
São Paulo – Depois do Facebook, a Apple pode ser a próxima gigante da tecnologia a investir no mercado de criptomoedas. Quem coloca essa possibilidade no horizonte é Jennifer Bailey, vice-presidente da Apple Pay, sistema de pagamentos móveis da empresa da maçã.
“Estamos observando o mercado de criptomoedas”, revelou a executiva à CNN durante um evento privado da empresa sobre o futuro dos pagamentos digitais, realizado nesta semana em São Francisco, na Califórnia. “Nós achamos que é interessante.”
A Apple tem se mostrado cada vez mais aberta a investir em serviços financeiros. Em março, a companhia declarou guerra ao cartão de crédito ao lançar o Apple Card. Já a modalidade de pagamentos digitais da empresa da maçã já ultrapassou a marca de 1 bilhão de transações realizadas por mês.
Depois da alta quase desenfreada de preços do valor das criptomoedas no fim de 2017, quando cada unidade da Bitcoin chegou a ser comercializada por 20 mil dólares – o que impulsionou também o valor de dezenas de outras moedas virtuais –, as empresas de tecnologia passaram a olhar com mais atenção para este mercado.
Em junho, por exemplo, o Facebook anunciou a sua própria moeda virtual, a Libra. Inicialmente, a moeda seria utilizada para realizar pagamentos virtuais nas plataformas da empresa de Menlo Park, para depois ser utilizada no e-commerce em geral.
Uma iniciativa semelhante da Apple neste sentido não pode ser descartada.