Tecnologia

Apple e Amazon negam acusação sobre ataque chinês a hardware

Reportagem da Bloomberg havia dito que os sistemas das empresas continham chips de computador maliciosos inseridos pela inteligência chinesa

Apple e Amazon negaram que haja uma manipulações de hardware em seus sistemas (Kacper Pempel/Reuters)

Apple e Amazon negaram que haja uma manipulações de hardware em seus sistemas (Kacper Pempel/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 12h47.

Londres - Apple e Amazon negaram uma reportagem da Bloomberg nesta quinta-feira de que seus sistemas continham chips de computador maliciosos inseridos pela inteligência chinesa, mostraram comunicados das empresas de tecnologia divulgadas separadamente pela Bloomberg.

A Bloomberg Businessweek citou 17 fontes de inteligência e de empresas dizendo que espiões chineses haviam colocado chips de computador dentro de equipamentos usados por cerca de 30 empresas, assim como por múltiplas agências de governo dos Estados Unidos, o que daria a Pequim acesso a redes internas.

A Reuters não conseguiu contatar a Apple, a Amazon ou representantes do FBI, do Departamento de Segurança Nacional e da Agência Nacional de Segurança para obter comentários.

O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário na quinta-feira. Pequim havia negado anteriormente alegações de orquestrar ataques cibernéticos contra empresas ocidentais.

A Amazon, em um comunicado divulgado pela Bloomberg, disse: "Nós não encontramos evidência para amparar queixas sobre chips maliciosos ou modificações de hardware."

A Apple disse que refutava "virtualmente cada aspecto" da matéria em respostas para a Bloomberg. "A Apple nunca encontrou chips maliciosos, 'manipulações de hardware' ou vulnerabilidades propositalmente plantadas em qualquer servidor", disse a empresa.

A Bloomberg reportou que os chips maliciosos foram plantados por uma unidade do Exército de Libertação do Povo Chinês, que se infiltrou na cadeia de abastecimento de uma empresa de hardware chamada Supermicro. Acredita-se que a operação tinha como alvo segredos comerciais valiosos e redes governamentais, disse a agência de notícias.

Um representante da Supermicro em sua sede europeia na Holanda disse que a empresa não podia comentar imediatamente.

As preocupações sobre agências internacionais se infiltrando nos EUA e em outras empresas por meio dos chamados "ataques de cadeia de abastecimento", particularmente da China, onde diversas empresas globais de tecnologia terceirizam sua produção.

O governo norte-americano disse quarta-feira que um grupo de hackers conhecido como cloudhopper, que empresas de segurança cibernética ocidentais atrelaram ao governo chinês, promoveuataques a provedores de serviço de tecnologia em uma campanha para roubar dados de seus clientes.

O alerta veio após especialistas em duas proeminentes empresas dos EUA advertirem esta semana que a atividade de ataques cibernéticos chinesa subiu em meio à escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim.

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