Tecnologia

Apple deve criar seção para apps nacionais em sua loja

Ação seria solução para que a empresa se adeque à exigência de que smartphones desonerados pela Lei do Bem ofereçam pelo menos cinco apps brasileiros

iPhone: solução já teria sido testada algumas semanas atrás, quando ficou no ar temporariamente na App Store uma seção chamada "Made in Brazil" (Getty Images)

iPhone: solução já teria sido testada algumas semanas atrás, quando ficou no ar temporariamente na App Store uma seção chamada "Made in Brazil" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 11h13.

São Paulo - A Apple provavelmente vai criar uma seção fixa dentro da App Store brasileira dedicada a aplicativos nacionais. Esta deverá ser a solução para que a empresa se adeque à exigência do governo federal de que smartphones desonerados pela Lei do Bem ofereçam pelo menos cinco apps brasileiros a partir de 10 de outubro.

A solução já teria sido testada algumas semanas atrás, quando ficou no ar temporariamente na App Store uma seção chamada "Made in Brazil". "Foi até melhor do que imaginávamos, pois não incluía apenas apps, mas outros conteúdos nacionais também", comenta uma fonte do governo. A Apple ainda não enviou para o Ministério das Comunicações a sua proposta com a lista dos cinco aplicativos escolhidos.

As outras alternativas para a oferta dos apps modificariam demasiadamente o modo de operação da fabricante, que hoje trabalha com o mesmo conteúdo embarcado em todos iPhones no mundo. Ou seja: dificilmente ela vai preferir abrir uma exceção no Brasil para incluir apps nacionais embarcados de fábrica. Outra possibilidade seria criar um ícone para uma subloja com os apps brasileiros, também embarcada de fábrica, o que igualmente parece pouco provável no caso da Apple. Vale lembrar que a fabricante por muito tempo preferiu não vender jogos em sua loja brasileira para não ter que sujeitar os títulos à classificação indicativa exigida pelo Ministério da Justiça.

Atualmente, dois modelos de iPhone estão se beneficiando da isenção de PIS e Cofins: o iPhone 4 (R$ 999) e o iPhone 4S (R$ 1.499). Na prática, o desconto fica com o varejista, na ponta. Mas a obrigação de oferecer os aplicativos cabe à fabricante.

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