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Apple conspirou para aumento de preços de livros, diz juíza

Magistrada de Nova York afirmou que empresa conspirou com várias editoras para aumentar preços dos livros eletrônicos, violando leis antimonopólio


	Logo da Apple: editoras conspiraram para "elevar os preços dos livros eletrônicos, e a Apple teve um papel central para facilitar e executar essa conspiração", disse juíza
 (Justin Sullivan/AFP)

Logo da Apple: editoras conspiraram para "elevar os preços dos livros eletrônicos, e a Apple teve um papel central para facilitar e executar essa conspiração", disse juíza (Justin Sullivan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 12h39.

Nova York - Uma juíza federal de Nova York disse nesta quarta-feira que a Apple conspirou com várias editoras para aumentar os preços dos livros eletrônicos, violando as leis antimonopólio dos Estados Unidos.

A decisão da magistrada Denise Cote representa uma importante vitória para a Amazon, que vendia livros eletrônicos a US$ 9,99 e viu o preço de muitos deles subir para US$ 14,99.

"As editoras conspiraram umas com outras para eliminar a concorrência de preços no varejo e elevar os preços dos livros eletrônicos, e a Apple teve um papel central para facilitar e executar essa conspiração", disse hoje a juíza em sua sentença.

Imediatamente depois, a gigante da tecnologia anunciou que apelará da decisão da magistrada. "A Apple não conspirou para aumentar o preço dos ebooks e vamos continuar lutando contra essas acusações falsas", disse a empresa em comunicado enviado à Agência Efe.

O processo, apresentado no ano passado pelo Departamento de Justiça, acusou a Apple e as editoras de levar, com sua conspiração, os consumidores a pagar "dezenas de milhões de dólares a mais" por seus livros eletrônicos.

Apenas a gigante Cupertino foi ré, já que as cinco editoras envolvidas, Penguin, MacMillan, Simon & Schuster, Hachette e HarperCollins, tinham chegado a acordos com a Justiça para evitar o litígio.


As editoras começaram a determinar o preço dos ebooks e supostamente confabularam para aumentar o valor, o que impediu a Amazon de continuar vendendo suas "pechinchas" a US$ 9,99, segundo o Departamento de Justiça.

A loja online iniciou a prática em 2007 para atrair consumidores a seu leitor Kindle e graças a ela se tornou líder indiscutível do mercado, mas as editoras temeram que também causasse uma queda nos preços das obras impressas.

Segundo a denúncia, com o lançamento do iPad em 2010 e a loja de livros eletrônicos iBookstore, as editoras "se uniram à Apple, que compartilhava o mesmo objetivo de limitar a concorrência na comercialização de livros eletrônicos".

O pacto surtiu o efeito desejado, já que os bestsellers deixaram de ser vendidos em sua edição digital a US$ 9,99 para entre US$ 12,99 e US$ 16,99, o que provocou que a fração de mercado de Amazon caísse notavelmente, de acordo com o processo.

Após ser anunciada a sentença, as ações da Apple caíram 0,24% no mercado Nasdaq, onde se depreciaram 20,74% desde que começou o ano, enquanto as de Amazon perderam 0,47%, embora desde 1º de janeiro tenham ganhado 15,72%.

*Matéria atualizada às 12h39

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