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Após críticas, Apple adia ideia de espionar iPhones para mitigar pedofilia

Em agosto, a empresa divulgou que iria comparar fotos abusivas nos telefones com uma base de dados de imagens de vítimas de abuso sexual

A man is seen using an Apple iPhone on October 1, 2018 Apples latest realese of its mobile device operating system, version 12 has been plagued by bugs which can send messages to unintended recipients due to a feature which bundles same users who have multiple phone numbers. (Photo by Jaap Arriens/NurPhoto via Getty Images) (Getty Images/Getty Images)

A man is seen using an Apple iPhone on October 1, 2018 Apples latest realese of its mobile device operating system, version 12 has been plagued by bugs which can send messages to unintended recipients due to a feature which bundles same users who have multiple phone numbers. (Photo by Jaap Arriens/NurPhoto via Getty Images) (Getty Images/Getty Images)

A Apple afirmou na sexta-feira, 3  que levará mais tempo para coletar feedback e aprimorar os recursos de segurança infantil que havia proposto, após críticas ao sistema com base em privacidade e outras questões, dentro e fora da empresa.

A promessa da Apple no mês passado de checar telefones e computadores de consumidores norte-americanos em busca de imagens de pedofilia gerou críticas globais de vários grupos ativistas. Funcionários também criticaram o plano internamente.

Os críticos argumentaram que o recurso poderia ser explorado por governos repressivos procurando outros materiais para censura ou prisões e seria impossível para pesquisadores externos determinar se a Apple estava apenas checando um pequeno conjunto de conteúdo no dispositivo.

A Apple rebateu dizendo que permitiria que pesquisadores de segurança verificassem suas afirmações, mas a empresa disse na sexta-feira que precisaria de mais tempo para fazer mudanças no sistema.

“Com base no feedback de consumidores, grupos ativistas, pesquisadores e outros, decidimos levar um tempo a mais nos próximos meses para reunir opiniões e fazer melhoras antes de lançar esses recursos extremamente importantes de segurança infantil”, afirmou a empresa em um comunicado nesta sexta-feira.

Matthew Green, pesquisador de segurança cibernética na Universidade John Hopkins que havia criticado a ideia da Apple, disse que a decisão da Apple era “promissora”.

Green afirmou no Twitter que a Apple deveria “ser clara sobre por que está escaneando o que está escaneando. Passar de nenhum escaneio (exceto anexos de e-mail) para escanear a biblioteca de fotos de todo mundo era um salto enorme. Você precisa justificar esse tipo de escalada”.

A Apple estava sendo defensiva em relação a seus planos há semanas e já havia dado uma série de explicações e documentos para mostrar que os riscos de detecções falsas eram baixos.

A companhia havia planejado lançar o dispositivo para iPhones, iPads e Macs com atualizações de software até o fim do ano nos Estados Unidos.

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