Oculus (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2014 às 09h17.
Sem conseguir fazer um acordo extrajudicial, a empresa ZeniMax Media, dona da Bethesda e da Id Software, entrou na Justiça americana contra a Oculus VR alegando roubo informações sigilosas sobre a tecnologia de realidade virtual. Os problemas entre as duas empresas começaram quando John Carmack, um dos fundadores da Id e lendário programador de games como Doom, saiu do seu antigo emprego para fazer parte da equipe que cuida do Oculus Rift. A partir daí a ZeniMax acusou Carmack de ter levado informações sigilosas de tecnologia para o seu novo lar, afirmando que ele acabou se apropriando indevidamente de código, "know-how tecnológico" e propriedades intelectuais da ZeniMax.
A Oculus VR, responsável pelo Oculus Rift, afirmou a INFO por meio de uma nota que está desapontada, mas não surpresa pelas ações da ZeniMax e que vai provar que as acusações são falsas. A empresa ainda afirma que não existe uma linha do código da Zenimax nos produtos da Oculus. John Carmack não utilizou nenhuma propriedade intelectual da ZeniMax. A razão principal pelos ataques é que John deixou permanentemente a Zenimax em agosto de 2013 porque a própria ZeniMax proibiu o desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual. A ZeniMax não procurou a Oculus até a aquisição do Facebook ter sido anunciada, e aí começaram os ataques. O código fonte do Oculus Rift está disponível na internet pelo site developer.oculusvr.com, e ninguém até hoje identificou nenhum código roubado ou tecnologia da Zenimax.
Na ação judicial, a Zenimax afirma que tecnologias teriam sido cedidas, mas usadas ilegalmente para que o Oculus Rift pudesse ser criado. "A tecnologia proprietária e o know-how que o Sr. Carmack desenvolveu quando era um funcionário da ZeniMax, agora usada pela Oculus, são de propriedade da ZeniMax", disse a publisher, em nota oficial. O caso ainda não tem previsão de ser julgado nos Estados Unidos.